A arte da guerra e o ambiente corporativo

Autor: Irene Azevedoh
Temos hoje um ambiente onde a mudança é uma constante por diversos motivos. Entre eles podemos citar a globalização que trouxe alterações profundas na maneira pela qual fazemos negócios, modificando por consequência as estruturas organizacionais que cada vez mais passam a ser matriciais. Tudo isto suportado pela tecnologia que continua a ser a facilitadora da produtividade e da comunicação.
Podemos observar as mudanças que ocorreram dentro das organizações, principalmente entre as diversas gerações que convivem dentro do ambiente empresarial, as que já estavam e as que entraram ou que estão ingressando no mercado de trabalho.
As gerações Y e Z estão e estarão convivendo com as gerações X e alguns boomers. Estes Y’s e Z’s têm pressa, querem crescer rapidamente, adoram feedback e gostam de ser ouvidos.  Este fato é um gerador de atenção para os gestores que têm que se adaptar a este novo contexto.
Quem liderará neste ambiente? É neste momento que o nosso querido Darwin está completamente correto no que diz respeito ao ambiente corporativo: conseguirá liderar verdadeiramente aquele que conseguir se comunicar de diversas formas, adequando-se às necessidades dos seus liderados e dando a eles exatamente aquilo que necessitam e que terá capacidade de se reinventar tanto em modelos de negócios quanto na capacidade de oferecer aos seus diversos colaboradores formas igualmente diversas de aprendizagem.
Para isto, é necessário que a liderança se liberte dos antigos paradigmas. Um deles, por exemplo, é “faça aos outros aquilo que gostaria que fizessem para você”. Igualmente importante é a lembrança de que seus liderados têm expectativas, anseios completamente diferentes dos seus e também completamente diferentes entre si. Não só NÃO dê a eles o que você gostaria para você, como também dê, a cada um, o que cada um gostaria de receber. Será necessário, desta forma, conhecer a motivação de cada um, encontrar a perfeita “liga” entre a missão, visão, valores, competências desejadas pela organização com a missão, visão, valores e competências de cada um de seus colaboradores. É nesta hora, que o gestor é um líder.
Conseguirá, então, sobreviver de uma maneira geral nas organizações quem mais rapidamente se adaptar às constantes mudanças. E para isso, meus queridos leitores, é necessário o autoconhecimento. Ele provê ampliação da consciência, ou seja, ampliação da percepção da realidade. A frase do livro “A arte da guerra” de Sun Tzu sintetiza de forma magistral a necessidade do autoconhecimento:
“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá toda batalha.”
Irene Azevedoh é diretora de transição de carreira e gestão da mudança Latam da LHH.

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