Autor: Evaldo Costa
Você elabora planos motivacionais com freqüência? Tem conseguido bons resultados? Saiba que resultados otimizados com ações motivacionais só ocorrem quando alguns cuidados básicos são observados.
A motivação é um fenômeno psicológico. O ser humano vive em busca de experiências, sejam elas subjetivas, como amar e ter uma carreira profissional de sucesso, ou objetivas, como os cuidados físicos e independência financeira. Em quase tudo sempre haverá uma questão humana determinante. Pode ser uma atitude, crença, insatisfação, comportamento, entre outras. São coisas que, de fato, funcionarão como o fiel da balança entre o triunfo ou fracasso da missão.
Podemos considerar que a motivação é a mola propulsora para a realização otimizada de qualquer processo. Um time depende da sinergia do grupo para fazer a diferença. Ter um bom motivo para ação pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso do projeto. Se formos buscar a origem da palavra motivação, vamos constatar que vem do latim motivus, que significar mover. Ou seja, mover para fazer alguma coisa.
Ao elaborarmos uma ação motivacional é aconselhável recorrer a alguns conceitos fundamentais, para Abraham Maslow, por exemplo, a fonte da motivação está ligada às necessidades humanas, que podem ser biológicas ou intuitivas. Para ele, no interior de cada ser humano, existe uma hierarquia de necessidades: fisiológicas, de segurança, sociais, afeto e auto-realização. Já a teoria de ERC ensina que devemos trabalhar em três frentes de necessidades humanas: existência, relacionamento e crescimento.
Também podemos refletir sobre a teoria X e Y de Douglas McGregor. Embora haja contestações, acho que há muito a ser assimilado, por exemplo, na questão do trabalho como fonte de satisfação do ser humano, da receptividade do trabalhador por novos desafios e da habilidade dos membros do grupo em compartilhar e tomar decisões. Em todo caso, não devemos ignorar a teoria dos dois fatores ou teoria da motivação-higiene de Frederick Herzberg, como também é conhecida. Ele defende que a motivação resulta da natureza da tarefa e não somente de recompensas ou das condições do trabalho.
Trazendo essas teorias para o campo prático devemos, no mínimo, nos ater aos seguintes pontos: criação de metas inteligentes, que sejam desafiadoras, porém factíveis; ter a participação dos agentes envolvidos. Ao invés de criar e repassar as metas, pedir que cada um crie o seu próprio objetivo e negocie a viabilidade da mesma com o seu líder; manter o feedback constante para toda a organização da performance das equipes, além de recompensar bem financeiramente e com honraria. Muitas vezes, uma carta para a esposa exaltando as qualidades do marido funciona mais que um prêmio em dinheiro.
A criação de regras simples, transparentes e objetivas é outra questão a ser levantada, como a contemplação de pontos qualitativos e quantitativos, além de individuais e coletivos. Outros fatores a serem considerados são: A não remuneração de forma parcial e a inovação nas campanhas de incentivos com prêmios de viagens (misto de lazer com trabalho – congressos) são sempre ótimas oportunidades para provocar o desenvolvimento pessoal e profissional à medida que expõe o participante a novas culturas e aprendizados. Outra opção é recorrer à ajuda de consultores especializados.
Tudo isso é muito importante, mas ao contratar gente para a sua equipe, dê preferência por profissionais automotivados. Aquele que depende de terceiro para atingir sua motivação máxima quase sempre ficará a reboque dos que não têm essa dependência.
Evaldo Costa é consultor, conferencista, professor e autor de livros. ([email protected])