A lei (nº 8213/91) de cotas para pessoas com deficiência, PCD, que obriga a contratação existe há mais de 20 anos, mas o mercado ainda não se adaptou totalmente para atendê-la como deveria. Seja por falta de informação e inadequação da estrutura física da empresa, transporte e comunicação, muitos não conseguem uma oportunidade no mercado de trabalho e o pior, as vagas ficam em aberto.
O número de vagas é estipulado de acordo com a quantidade de funcionários, contudo nem sempre o crescimento físico e cultural da empresa acompanham a rentabilidade gerada, segundo Isabela D´Angelo, analista de recursos humanos da Proton Consultoria em RH. “É preciso que a organização prepare os demais colaboradores, treine equipes e funcionários. Readequar demandas de trabalho para receber o PCD de maneira correta, também é necessário para que seja visto como um funcionário capacitado, com metas e funções estabelecidas. Pessoas com deficiência, precisam se sentir parte do ambiente e da empresa”, pontua.
Além da questão estrutural e de comunicação interna, Isabela acrescenta que outra dificuldade em preencher as vagas está na adequação das exigências da oportunidade de trabalho com o profissional correto. Para atender essa demanda, de médias e grandes empresas, a Proton desenvolve o programa PCD. “Dispomos de um banco de dados composto por perfis variados, além de ferramentas e profissionais especializados para fazer a triagem, identificar e remanejar as vagas de acordo com o perfil procurado com a oportunidade disponível”, explica a especialista.