Autor: Paulo Crepaldi
O cenário econômico brasileiro não é dos mais otimistas nos últimos anos. A taxa de desemprego, segundo o Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua), fechou em 9% no último trimestre de 2015 e deve chegar a 10% em 2016. Estamos falando atualmente de 9,1 milhões de pessoas em busca de uma ocupação.
Apesar desse cenário, uma pesquisa divulgada recentemente pelo SEBRAE-SP indica que 62% dos jovens entre 18 a 34 anos estão buscando novos desafios para desenvolverem startups. De acordo com dados divulgados pela experiente UHY Moreira, o Brasil ocupa o décimo lugar na criação de novos negócios, com a China em primeiro lugar, seguido do Reino Unido.
Mesmo com os incentivos do governo para novos empresários, sabemos que as leis tributárias e a burocracia não são pontos positivos para abrir ou iniciar um negócio em nosso país. No entanto, essa nova geração, que está determinada a isso, tem como característica uma liderança jovem, autoconfiante, orientada e criativa, mas ainda sofre quando necessita se apresentar como líder.
Eles precisam cultivar uma percepção de liderança, que apesar da sua posição hierárquica, poderá contribuir para o sucesso do novo negócio. Por isso, a Liderança Situacional é um modelo ideal para que jovens líderes consigam entender como se constrói diferentes tipos de poderes e estilos que vão além do simples autocrático e democrático.
Uma boa liderança é parte crítica no sucesso de uma startup, principalmente para os jovens que precisam ir além de “vender” sua ideia para um investidor e engajar os outros em sua paixão pelo negócio. Ser jovem não significa um obstáculo para exercer uma figura de liderança, mas uma oportunidade para se tornar um novo tipo de líder e mostrar para as diferentes gerações novas maneiras de inspirar pessoas.
Na Liderança Situacional construímos líderes, pois sabemos que ninguém nasce líder. Quando você está se apresentando para o mundo através da sua Startup é necessário mostrar a melhor versão de si. As habilidades de comunicação precisam estar afloradas e entender como fazê-las é essencial.
Algumas dicas para que os jovens sejam líderes e situacionais são:
1. Foque em tarefas
O verdadeiro líder consegue determinar metas e não olhar barreiras e pessoas. Deixar rótulos de lado e comunicar os pontos essenciais de uma meta é parte da credibilidade dos grandes líderes.
2. Saiba qual a diferença entre Habilidade vs Conhecimento
É necessário reconhecer que conhecimento não impacta em habilidade, ou seja, não adianta saber tecnicamente alguma coisa ou estudar exaustivamente. Para garantir que seu plano será executado, é necessária experiência, viver o dia-a-dia.
3. Disposição e Insegurança, dois opostos
Os jovens líderes precisam ter claro na mente que falta de disposição é uma atitude que pode afetar o engajamento, já a insegurança não significa falta de compromisso e sim apenas um medo aflorado em executar alguma coisa.
Ao final de tudo isso, contando um pouco dessa história recente de jovens líderes que buscam seus espaços desafiando todo um cenário nacional, podemos resumir que quando te derem oportunidade de falar, fale com paixão, quando te derem oportunidade de liderar, lidere com confiança. E se não te derem nenhuma oportunidade, vá e crie as suas próprias.
Paulo Crepaldi é especialista em liderança situacional e neuromarketing. Atualmente é sócio e diretor executivo da ING Marketing & Training.