A nova imagem da competência

Cresci ouvindo algumas expressões que até hoje são usadas e divulgadas, mas que já não correspondem mais à verdade absoluta, diria até que estão obsoletas. Confira as pérolas que sempre ouvi:
-Vence quem trabalha!
-Quem trabalha de sol a sol será recompensado!
-Deus ajuda quem madruga!
-A única maneira de crescer na vida é trabalhando!
Hoje não é mais exatamente assim. A imagem da competência no mercado mundial tem um pouco a mais do que apenas o trabalho. Chegar no trabalho sempre no horário, executar as tarefas com êxito e no final do expediente sentir aquela sensação do dever cumprido, levantar cedo e trabalhar incansavelmente tudo isso é importante, mas não é só isso. Para o mercado de trabalho isso é quase um detalhe, ou seja, já não é o bastante.
Em tempos de disputa intensa o conceito de competência não é mais o mesmo. A exclusividade dada à aptidão deu lugar a outros indicadores. Nem sempre qualificação profissional, ensino superior, fluência em idiomas, diplomas reconhecidos e respeitados são de fato capazes de garantir um lugar ao sol. Isso explica porque aquela velha frase, quem trabalha vence, já está quase ultrapassada. É tempo de algo mais. Aliás, um algo a mais que respeita a essência da pessoa. Estamos no tempo da Identidade Pessoal. Cada um de nós passa a ser um individuo único, avaliado, valorizado pelas suas características pessoais. Pessoais e intransferíveis. Bem vindos ao novo tempo. O tempo da Identidade! A pergunta mais importante neste momento é:
– Quem sou eu?
Desta pergunta derivam várias outras que igualmente remetem a Identidade. São elas:
– O que sei fazer?
– Como sei fazer?
– Onde quero chegar?
– O que posso e sei fazer para chegar lá?
Se, antes, capacidade técnica garantia resultados e liderança a uma empresa, hoje o crescimento e os resultados são obtidos também à custa de características pessoais. A competência está cada vez mais difícil de avaliar, pois não basta mais somente uma avaliação técnica. Hoje os critérios são outros. O que está em alta nestes novos tempos é o aspecto comportamental. É preciso saber pensar, interagir, opinar e não apenas cumprir ordens e obrigações.
Afirmo novamente: é tempo da valorização da identidade pessoal. Então, para alcançar o sucesso vale de fato buscarmos o autoconhecimento. Eis por quê é hora de sabermos as respostas das perguntas que fiz acima. Elas estabelecerão o meu grau de competência. Afinal a competência passa hoje pela pró-atividade, criatividade, comprometimento com o trabalho, habilidade de compreender e conviver com os colegas e mais, passa pela minha capacidade de contar com um “EU” em sintonia com o lugar que se encontra, a função que exerce e a sua ligação com o todo, não só da empresa, mas de todo universo.
Acreditamos que todas as pessoas podem chegar à competência, identificando seus pontos fortes e fracos e buscando aperfeiçoamento.
Mas afinal o que especificamente as empresas valorizam e quais as qualidades que compõem o perfil de um profissional competente?
Listamos algumas:
– Iniciativa;
– Multifuncionalidade;
– Dinamismo;
– Bom Humor;
– Boa capacidade de relacionamento e de trabalho em grupo;
– Consciência Ética;
– Comprometimento com os objetivos da equipe;
– Criatividade;
– Auto-estima elevada.
Bem, é isso ai, estamos diante de informações simples, porém preciosas. Elas poderão ser usadas para refletirmos sobre os novos tempos. Um novo tempo definindo competências. Boa sorte a todos e vamos tratar de reconstruir com toda Motivação!
Gilberto Wiesel é conferencista motivacional nas áreas de vendas, marketing, atendimento e relações humanas. (www.gilbertowiesel.com.br / www.portaldamotivacao.com.br)

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