Amplamente conhecido pela geração de empregos de muitos jovens, o mercado de contact center também é fundamental para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Não á toa, são várias as empresas que possuem projetos específicos para contribuir com a inserção desse indivíduo na vida social e profissional. “O call center, como grande empregador, possui a missão de incluir e principalmente desenvolver estes profissionais”, afirma Paulo César Corrêa, diretor de recursos humanos da CSU, que, desde 2013, possui um programa para esse público. O objetivo, segundo ele, é a real inclusão das pessoas no ambiente profissional, respeitando a individualidade e identificando o potencial de cada colaborador.
O programa é realizado já na chegada do novo profissional com deficiência, com as boas vindas e informações sobre o programa. A quem não possui deficiência, para integração, é realizada a sensibilização sobre a importância da inclusão destes colaboradores e respeito à equidade. “O grande desafio é conscientizar as pessoas com deficiência sobre seus potenciais e capacidades, desenvolvendo a autoestima, e os demais colaboradores da empresa sobre a equidade.” Depois, o programa segue com a atuação junto aos gestores com o objetivo de proporcionar, inclusão, crescimento e desenvolvimento desses colaboradores com deficiência.
Para contribuir ainda mais, desde fevereiro, a CSU iniciou uma nova etapa no programa, com a realização de encontros mensais, com o objetivo de sensibilizar a equipe e proporcionar aos colaboradores com deficiência oportunidade de desenvolvimento. “São encontros mensais com as pessoas com deficiência para tratar de assuntos relevantes ao crescimento profissional e pessoal”, explica Corrêa. Alguns desses encontros, segundo o executivo, são realizados em ambiente externo, como objetivo proporcionar conhecimento cultural e desenvolvimento da auto estima, visando à real inclusão social.
O encontro de março, por exemplo, foi realizado no Museu de Arte Brasileira (MAB), onde os colaboradores tiveram acesso à exposição “Retratos da Brasilidade”. “Esse último encontro foi excelente, pois proporcionou conhecimento sobre arte e integração entre os colaboradores”, conta a colaboradora Elaine Rocha, que participa do projeto. Ela iniciou na CSU como auxiliar de RH em 2013 e, em 2014, foi reconhecida e promovida à assistente de RH. “Para a CSU, o importante é identificar e explorar os potenciais, permitindo o crescimento de cada um”, destaca Corrêa, acrescentando que quem trabalha com um profissional portador de necessidade especial também ganha, pois aprende a conviver com as diferenças e respeitar a individualidade.