A TI pode ser mais acessível


A adoção e o uso da TI (Tecnologia da Informação) pelas empresas traz diversas vantagens, uma delas é a otimização dos processos internos, o que proporciona o avanço dos negócios e aumenta a competitividade. Neste sentido, os recursos disponibilizados pela TI devem ser explorados de acordo com o planejamento estratégico e alinhados à proposta da empresa, pois, do contrário, se utilizados apenas de forma emergencial, só geram custos desnecessários.

Hoje, a TI tornou-se uma questão de sobrevivência mercadológica. Se analisarmos a quantidade de programas desenvolvidos internamente para a diminuição de gastos, vemos que este é o momento de redução de custos e, por sobrevivência, devemos buscar sempre o ajuste de foco nos negócios e controle de atividades.

Saber se a plataforma de TI está posicionada estrategicamente com a empresa é uma questão que deve estar na cabeça de cada gestor, mas também os custos, que são comprometidos pela área, devem ser examinados minuciosamente. Medir esses dados é difícil, pois, de certa forma, a TI é intangível e o conhecimento da atividade, muitas vezes, é restrito.

Hoje é comum ouvir falar que os investimentos feitos pela empresa “x” em tecnologia de ponta foram em bilhões de reais, mas é indispensável saber se o valor aplicado supriu as necessidades; se o montante sofrerá modificações posteriores pela falta de conhecimento prévio do negócio ou se apresenta soluções harmônicas com o alinhamento estratégico da empresa e com os planos para os próximos 10 ou 20 anos.

Essas soluções extremas e rápidas para gestão da área são anunciadas todos os dias, mas buscar meios mais eficientes e de custo acessível, que demonstrem qualidade, são pontos que devem ser considerados, “nem sempre o serviço com custo mais alto, é o ideal para ser utilizado”.

Como a empresa vai atingir o êxito, se implantar qualquer sistema de gerenciamento? A dúvida sempre existirá! Nada garante a sobrevivência do seu negócio e o investimento de bilhões de reais poderá ser perdido.

Implantar ou reestruturar a TI em uma empresa necessita de um estudo complexo da gestão, dos objetivos da própria empresa e de todos os itens necessários para que o projeto alcance o sucesso. Caberá ao gestor avaliar os aspectos estratégicos; os recursos físicos; os recursos lógicos – como hardwares, servidores e os compartilhamentos de redes -; e os recursos humanos competentes para a atividade.

E ainda estudar quais os softwares e sistemas são mais compatíveis à gestão da empresa, estabelecer políticas de privacidade e segurança, optar ou não pela adoção do sistema de telefonia Voip (Voice over Internet Protocol ou, em português, Voz sobre o Protocolo da Internet), para economizar os custos de comunicação.

Como se não fosse o suficiente, deve ainda examinar os recursos humanos que terão que gerir a área, que nada mais são do que “alma da empresa”, pois tudo o que acontece diariamente em todas outras áreas, como serviços, recursos humanos, finanças, gestão, atendimento ao cliente, afeta o consumidor final. A competência e a disponibilidade de um profissional especializado para atender o que a empresa necessita é de extrema importância para os negócios.

O acesso à TI, e de todos os benefícios que pode trazer às empresas, não pode ser considerado fácil, pois exige competência, visão de mercado e profissionalismo. Depois da implementação ou ajustes necessários, o que determinará êxito na área é o alinhamento à gestão e uma análise constante pelos gestores.

Tenha em mente que três questões que deverão ser respondidas ao contratar um fornecedor: percepção das necessidades da minha empresa, negociação de investimento e a comunicação constante. Preço não é tudo!

Miguel Ruiz foi gerente de Informática da Valeo Sistemas Automotivos e fundou a MR Consultoria. ([email protected])

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