Abeprest realiza pesquisa no setor de telecomunicações

Evidentes são as diferenças regionais na estrutura sócio-econômica dentro de um país grande como o Brasil. A Abeprest (Associação Brasileira de Empresas Prestadoras de Serviços em Telecomunicações), em pesquisa realizada nesse último bimestre, teve como meta diagnosticar quanto e como são essas diferenças nas práticas de recursos humanos e níveis salariais no setor de telecomnicações. Com o propósito de desmistificar que São Paulo conta com as maiores oportunidades de trabalho na área de telecomunicações e ainda checar quais são as principais diferenças entre trabalhadores de determinadas funções no Rio de Janeiro ou no Pará, a Abeprest, em sua pesquisa fez um raio X de 71 cargos em diversos níveis.

“A idéia da Abeprest é apresentar ao mercado dados relevantes para uma possível uniformização de valores, em um determinado perímetro, para o desenvolvimento de certas atividades para o setor”, afirma Herold Weiss, presidente da instituição. Segundo ele, um dos principais agentes para que essa diferença ocorra é a quarteirização na prestação de serviços. O estudo teve a participação de empresas de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Pará. Além das médias salariais para cada nível de função praticado em cada estado, a pesquisa observou as práticas das empresas em recursos humanos em relação a 11 benefícios. Também buscou-se informações sobre avaliação de desempenho, programa de participação nos resultados, remuneração variável e banco de horas.

A maioria das empresas concede benefícios relacionados diretamente ao trabalho. A seguir seguem alguns dados relevantes sobre o mercado de trabalho em telecomunicações: 86% fornecem vale-alimentação, na forma de ticket e não concedem cesta-básica. Nos 14% restantes, metade subvencionam 50% dos custos da cesta; 41% cedem veículo. Dessas, apenas 36% não limitam o consumo de combustível e somente 30% reembolsam quilometragem para uso do carro próprio. O valor médio praticado para reembolso é de R$ 0,45/km; 78% reembolsam o funcionário em viagens; 72% não oferecem convênio com farmácias; 73% não proporcionam subsídios para educação em forma de cursos e/ou pagamento subvencionado pela empresa.

Apenas 30% das empresas concedem empréstimos aos funcionários. Destas, 27% concedem até um salário. Somente 9% das empresas adotam a previdência privada e 81% concedem seguro de vida aos seus colaboradores; 58% proporcionam assistência médica. Já para a assistência odontológica, 22% subvencionam o valor de 50 a 100% do tratamento. Mas o grande destaque da pesquisa é que apenas 39% avaliam o desempenho de seus funcionários.”Ocorre que muitas vezes a empresa não conta com um departamento de RH atualizado e com métodos eficientes para avaliar, promover ou até mesmo chamar a atenção de um empregado”, explica o diretor de recursos humanos da Abeprest, Marcos Migdalski. Segundo ele os principais instrumentos utilizados ainda são as metas pré-estabelecidas.

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