Avaya pede concordata

A Avaya entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, dentro do chamado capítulo 11 do código de falências americano no Tribunal Distrital de Falências do Sul de Nova York. Em nota, a empresa informou que o pedido de recuperação judicial não afeta as subsidiárias estrangeiras, que continuam a operar normalmente.
“Temos realizado uma extensa revisão das alternativas para resolver a estrutura de capital da Avaya, e acreditamos que buscar uma reestruturação por meio do Chapter 11 é o melhor caminho neste momento,” disse Kevin Kennedy, CEO da Avaya, em comunicado no site da empresa. “A redução da dívida atual da empresa, por meio do processo de concordata irá posicionar melhor todos os negócios da Avaya para o sucesso futuro”, completou.
A nota foca a decisão como um passo necessário para a transformação da Avaya em um negócio de software e serviços. O movimento é bancado por um financiamento de US$ 725 milhões do Citibank, que ainda está sujeito à aprovação do Tribunal. A Avaya também informou que não tem planos de vender seu negócio de contact center, uma medida que chegou a ser considerada.
“Este é um passo fundamental para nossa transformação em curso, para um negócio bem- sucedido nas áreas de software e serviços. A estrutura de capital atual da Avaya tem mais de dez anos e foi posta em prática para apoiar o nosso modelo de negócio como uma empresa centrada em hardware, que evoluiu significativamente desde aquela época. Agora, em razão das obrigações de dívida e o vencimento de dívidas futuras, precisamos recapitalizar a empresa”, afirmou Kennedy.
Na última quinta-feira (19), Avaya anunciou os resultados financeiros do quarto trimestre e do ano fiscal de 2016, em que receita registrou queda e prejuízo aumentou. A receita no quatro trimestre recuou 4,2%, para US$ 958 milhões, enquanto o prejuízo subiu mais de 650%, de US$ 76 milhões um ano antes para US$ 505 milhões. No ano fiscal, a receita caiu 7,5%, para US$ 3,7 bilhões, e o prejuízo aumentou cerca 420%, de US$ 144 milhões um ano antes para US$ 750.

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