Autor: Lisandro Scuitto
A contratação de um novo colaborador é desgastante. Exige uma quantidade significativa de horas do departamento de Recursos Humanos e investimentos financeiros que vão além de salário e benefícios. Os empresários investem em talentos e esperam um retorno, o que é crítico para o sucesso das organizações. De acordo com a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos (BLS, em inglês), a empregabilidade no setor do Atacado pode crescer 0.8% anualmente até 2022, e no de Transportes e Armazenagem, 0.7% no mesmo período. Isso significa que as empresas desses setores empregarão novos talentos até a próxima década, aposentando muitos da geração ´baby boomers´.
É possível perceber a qualidade de uma empresa pelos seus produtos e serviços oferecidos e, claro, quando são feitos por pessoas dedicadas, conhecedoras do que fazem, comprometidas, e que dão o seu melhor pela marca que representam. Mas, essa busca começa no processo de recrutamento e seleção. Hoje, muitas empresas usam processos padrão na escolha dos candidatos e deixam a desejar de várias formas, inclusive com a alta rotatividade dos colaboradores.
Candidatos para entrevistas, geralmente, são escolhidos pelo currículo ou carta de apresentação que destacam suas experiências anteriores e escolaridade. Esses critérios são importantes, mas não são os indicadores mais confiáveis. Durante a triagem, os responsáveis pelo recrutamento entrevistam os candidatos face a face para entender onde eles se encaixam, mas tomar uma decisão após esse encontro curto é um tiro no escuro, pois a seleção baseada em poucas horas de entrevista não garante a escolha certa. Mas, o big data e analytics está mudando essa realidade ao impactar a tomada de decisões em diversas indústrias e setores, e no recrutamento e seleção não é diferente, pois pode ajudar empresas a terem o ROI (retorno sobre investimento) esperado dos seus melhores ativos: os empregados.
Com tecnologia no Recrutamento e Seleção, as empresas podem melhor selecionar, reter e maximizar esse ROI por escolher candidatos com maior probabilidade de sucesso na função e que estejam de acordo com a cultura organizacional. As aplicações de hoje permitem analisar os dados para identificar comportamentos e entender a compatibilidade do futuro colaborador com a cultura da empresa. Uma tecnologia baseada na nuvem, que combina big data e analytics para acessar os atributos comportamentais dos candidatos (como ambição e atenção a detalhes) pode ajudar a criar um modelo de análise assertivo na triagem de candidatos, evitando escolher os sem qualificações e/ou experiência prévia para a entrevista pessoal.
Por isso, as organizações podem usar a tecnologia de forma estratégica. Afinal, ter uma equipe de funcionários comprometidos, experientes e bem equipados para atender os objetivos da empresa e prover serviços de qualidade aos clientes é um diferencial competitivo para as organizações, e que pode refletir no atendimento ao cliente. Mas isso começa no Recrutamento e Seleção , o setor responsável pela primeira escolha de candidatos comprometidos, experientes, e bem equipados para atender os objetivos da empresa.
Lisandro Scuitto é diretor de produtos da Infor Latam.