De 30% a 35% das perdas de audição são consequência da exposição dos indivíduos a sons intensos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Otologia. O último Censo realizado pelo IBGE, em 2010, apontou que cerca de 9,7 milhões de brasileiros declararam ter algum problema auditivo, o que equivale a 5,1% da população. Deste total, já sofrem de deficiência auditiva severa mais de 2,1 milhões de pessoas.
“O problema é que a lesão auditiva causada por altos níveis de pressão sonora não acontece de um dia para o outro: ela é cumulativa”, explica a fonoaudióloga Isabela Gomes, da Telex Soluções Auditivas. Ela lembra que, para preservar a audição, é preciso estar atento à altura do som que ouvimos e ao tempo em que estamos expostos a ele, seja em que situação for. A exposição contínua a sons acima de 85 decibéis por mais de 8 horas pode levar à perda de audição irreversível.
Se já há suspeitas de problemas para ouvir, o melhor é procurar um médico otorrinolaringologista. Muitas vezes, o uso do aparelho auditivo resolve o problema e é essencial para que o indivíduo resgate sua autoestima. Depois do diagnóstico do médico, cabe aos fonoaudiólogos indicar qual tipo e modelo de aparelho são indicados para atender às necessidades do deficiente auditivo. “Ao comprovar a perda de audição, o aparelho será então regulado para tornar os sons audíveis para o paciente, conclui a fonoaudióloga.