Desempenho ficou aquém do esperado. Por quê?

Autor: Juliane Yamaoka
O final de ano pode ser revelador para muitas empresas quando as avaliações de desempenho são finalizadas. Revelações sobre o desempenho dos funcionários não deveriam ser uma surpresa para gestores que acompanham continuamente o trabalho dos funcionários. No entanto, as organizações ainda pecam em fornecer uma comunicação eficiente ao longo do ano e se surpreendem com os dados coletados no momento da avaliação.
Engajar empregados em conversas regulares, sem deixar que a formalidade da avaliação anual tome conta da conversa, contribui para estimular uma atmosfera de confiança. Dessa maneira, fica mais claro e fácil tanto para o empregado quanto para o líder discutir questões do trabalho que preocupam e que podem ser corrigidas antecipadamente.
Parece simples, mas, ainda assim, muitos empregadores ignoram uma conversa franca com o funcionário de tempos em tempos. Em meio à discussão sobre soluções para o desenvolvimento do trabalho, é importante reforçar comportamentos positivos e proativos do empregado. Logo, essa conversa deve ser o momento ideal para o líder indicar não só os desvios cometidos, mas também ressaltar em quais pontos o subordinado está indo bem.
Durante a conversa, expressar com clareza as expectativas de cada lado exige uma boa dose de honestidade. Esse comportamento pode ser assustador para muitos, mas é a válvula de escape que previne vários outros problemas de acontecerem. As pessoas não gostam de conflitos ou de feedbacks negativos obviamente, porém, gestores devem perceber que não é a mensagem que incomoda os funcionários, mas a maneira como ela é entregue. Estar aberto a criticar a própria gestão na frente do empregado é outro recurso importante para humanizar o diálogo entre líder e subordinado.
Mantenha talentos motivados
Grandes líderes gastam grande parte do tempo pensando em quem vão contratar para fazer parte de sua equipe e como desenvolvê-los de modo a conseguir tirar o melhor proveito dessas pessoas. Porém, também é preciso se dedicar a mantê-los motivados, pois, sem motivação, nenhum sistema de gestão de desempenho pode ser bem sucedido, independente do quão sofisticado seja.
A motivação deve ser gerenciada de maneira contínua para manter o comprometimento da equipe com os valores da empresa. Isso inclui uma série de atividades, como construção do time, planejamento estratégico, recompensas e oportunidades de aprendizado e treinamento. Todas essas atividades devem ser proativas e contínuas.
A liderança tem um papel crucial na motivação dos funcionários. É seu papel inspirar a equipe, garantir que os obstáculos à motivação sejam removidos e gerar comprometimento com os objetivos organizacionais.
Além de feedback contínuo sobre o desempenho do funcionário, as empresas devem dar a devida importância aos sistemas de recompensas – não necessariamente monetárias – para recompensar os empregados de alto desempenho e desencorajar níveis baixos e medianos de performance. Isso inclui promoções, aumento de responsabilidades, prêmios por mérito e reconhecimento público.
Juliane Yamaoka é gerente-geral da Efix.

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