Autora: Pamella Botelho
Fazer com que os colaboradores estejam sempre com seus conhecimentos atualizados tornou-se uma necessidade constante das empresas. Com o mercado cada vez mais competitivo, é bastante importante que os funcionários estejam alinhados com o negócio, objetivos e valores da empresa. Mas como fazer com que eles abracem a ideia e se desenvolvam em prol da empresa e de si mesmos?
Uma das principais soluções utilizadas pelas empresas são as universidades corporativas, cujo conceito surgiu nos Estados Unidos, na década de 60 na empresa General Eletric, mas ganhou força no Brasil apenas depois dos anos 90. Diferentemente da área de Treinamento e Desenvolvimento (cujo foco é desenvolver as competências e habilidades), as Universidades Corporativas são ambientes empresariais voltados para desenvolvimento estratégico de colaboradores, visando a prática de atividades corporativas, conhecimento de valores, cultura da organização e competências básicas do negócio.
As vantagens de se utilizar esse modelo são inúmeras: o aluno estará totalmente imerso nos assuntos pertinentes ao negócio da empresa e poderá exercer na prática tudo o que aprender. O resultado do desempenho será demonstrado em curto prazo, facilitando assim a eventual melhoria dos processos do programa por parte dos gestores e mentores do projeto. Além disso, algumas universidades corporativas possuem parcerias com universidades acadêmicas e dessa forma, a abordagem torna-se mais amigável e objetiva para o aluno.
Entretanto, a proposta da universidade deve ser bastante atrativa para conquistar a atenção dos alunos e engajá-los da melhor forma. É muito importante investir em comunicação e lembretes entre as atividades bem como acrescentar tarefas extras que valham pontos bônus ou ainda, premiar os melhores alunos da turma.
Um exemplo de universidade corporativa é o projeto da Academia FFE (Field Force Effectiveness) da empresa Syngenta, que já formou mais de mil pessoas da força de vendas com a média de 30 encontros anuais e a parceria de 10 instituições de ensino do país.
O projeto é estruturado por 8 programas – 4 para funcionários internos e 4 para distribuidores externos – para públicos específicos. O programa possui o funcionamento de uma universidade acadêmica com atividades, conteúdos técnicos, encontros presenciais, atividades extras e até um trabalho de conclusão, que garante ao aluno o ingresso para o próximo módulo.
A Academia FFE concluirá o ciclo 2013 com 585 alunos e um índice de aproveitamento superior a 85%. Esses resultados mais do que comprovam a eficiência de uma universidade corporativa aplicada numa instituição.
A universidade corporativa, quando efetivamente implantada numa empresa, oferece uma abrangente oportunidade de novas aprendizagens, reciclagem de conhecimento e compartilhamento de boas práticas, o que certamente trará benefícios não apenas para o funcionário – que trabalhará mais confiante e seguro com a execução de suas funções – mas para a empresa como um todo.
Pamella Botelho é cientista da computação e analista de projetos da Sou Educação Corporativa.