É preciso ser autêntico

Autora: Irene Azevedoh
Em pesquisa realizada pela consultoria Lee Hecht Harrison (LHH), dos executivos entrevistados, 70% admitiram que não são autênticos nas organizações. Número alarmante e que merece uma reflexão cuidadosa. Então, vamos lá!
Está provado que a autenticidade e a transparência são pilares para o aumento de confiança e, consequentemente, levam à agilidade. No ambiente em constante mudança, ter líderes e liderados engajados é essencial para que os objetivos sejam atingidos. E, neste contexto ter uma organização ágil é vital para a sua sobrevivência no mercado.
Fico, então, ainda mais preocupada com o resultado da pesquisa, já que mais da metade dos profissionais não pode ser autêntica no ambiente de trabalho. Afinal, é extremamente complicado enfrentar uma carga horária tão intensa e demandante. Para se ter ideia, a maioria dos executivos trabalha mais de 8h por dia, não sendo eles mesmos e desempenhando papéis que não estão alinhados com seus valores e propósitos.
A consequência? O profissional entra no piloto automático, realizando ações sem a agilidade necessária para o momento atual. O resultado é que nas empresas, as transformações organizacionais necessárias para esta ruptura no mundo dos negócios ficam mais lentas em sua grande maioria. Exemplo disso são as áreas de inovação criadas, mas que não se tornam realmente eficazes.
E o que fazer para reverter isso? Uma alternativa de longo prazo seria criar um ambiente de reflexão para que executivos ou não desenvolvam autoconhecimento a respeito de seus valores e propósitos, e assim produzam resultados mais consistentes.
Outra opção seria trabalhar com a liderança a reflexão e tomada de consciência de seus valores, propósitos, mas revendo seu contrato de liderança, resultando principalmente em liderança pelo exemplo, ou seja, fazendo exatamente o que dizem.  Aí sim, começa caminhada da confiança, capitaneada pela autenticidade, que gerará a agilidade tão desejada.
Quando o líder muda seu comportamento fica muito mais fácil o inicio da transformação da equipe. A jornada não termina aí, mas o primeiro passo foi dado!
Irene Azevedoh é diretora de transição de carreira e gestão da mudança para América Latina da LHH.

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