Empregabilidade

Floriza Auriet da Costa
Caros leitores, através deste texto venho compartilhar o meu entendimento em relação à leitura das pessoas sobre emprego e empregabilidade.
Nós brasileiros, no passado Getulista, lutamos em prol a segurança no trabalho, criando regras que a longo prazo no exercício da sua atividade, garantissem o empregado. Ironicamente, após as estabelecidas vitórias e conquistas, licença maternidade, carga horária e etc…para tristeza dos criadores, não gostamos de ser denominados de “Empregados”. De alguma forma isto incomoda o público, e acabamos achando alguns termos que consideramos mais suaves tais como: Colaborador, facilitador ou multiplicador, enfim…
Somos todos igualmente empregados e procuramos por empregos, e é deste momento que quero falar, a procura de emprego. Venho trazer a tona à consciência de alguns índices. O índice de desemprego que falamos esta ligado diretamente à carteira assinada, portanto temos dentro destes números pessoas que têm remuneração, como os prestadores de serviço, e os de renda informal. Se pudéssemos separar, minimizaríamos o impacto e traríamos a realidade o índice dos que não possuem renda nenhuma para sequer sobrevivência.
Abordo isto porque observo muitas vezes nos meios de divulgação, um prazer malévolo em divulgar estes números.Um tom de ameaça contido que traz a mensagem: “Olha cuide bem do seu emprego, porque senão” ou “A crise está feia…”. Este tipo de informação em formato de alerta, denigre a auto estima dos profissionais que estão à procura de emprego.
Lembro-os que, qualquer tipo de “Fraqueza” é rejeitada nos processos seletivos da vida de uma forma geral. Ninguém em sã consciência, no papel de selecionador, namora, se encanta e opta por um relacionamento com alguém deprimido, depreciado e infeliz. Pode parecer cruel, mas é assim que nos comportamos também profissionalmente, contratar também é um ato de compra. Compramos valores e adquirimos pessoas com diferenciais. Sem ser “poliana”, inocente, afirmo que tudo se potencializa num regime capitalista aonde precisamos vencer sempre, e para isto é necessário ter equipes fortes.
Aos candidatos, quero falar da estória da menina Ana, com seis anos de idade tinha duas coisas que apreciava, Borboletas e Ventiladores. A Borboleta pela beleza, leveza, graciosidade nas cores e nos movimentos. Os ventiladores pela tecnologia, que a ela pela pouca idade, surpreende. Talvez pelas suas hélices rápidas e silenciosas, ou a encanta pela magia e pelo prazer do frescor através da brisa em seu rosto nos dias quentes de verão.
Numa solitária tarde da infância, daquelas que brincamos sozinhos com objetos, Ana se pôs na janela, à frente e ao lado o ventilador ligado, a olhar o jardim cheio de borboletas. Ali permaneceu por horas, na face um olhar lindo cheio do brilho da esperança, com a expectativa de um pouso de uma das lindas borboletas em seu bracinho fofo. Algumas até ensaiaram, mas, nada feito…
Já ao entardecer Ana recolheu os objetos desmontando o cenário e seguiu para suas atividades rotineiras, como o degustar de um café com os familiares. Com o olhar frustrado, arrancou risos de sua mãe ao relatar que não entendia porque as amiguinhas borboletas não se aproximam dela e do maravilhoso ventilador, e que isto a entristecia…
Assim como Ana, observo muitos fazendo ações simultâneas e com propostas opostas, e ainda não compreendendo o porque de suas frustrações. Caros candidatos, sei que a ansiedade pode interferir, mas acreditem que o segredo está no seu próprio “Talento”, aquele “Dom” que temos naturalmente. Algo singular, ímpar, único que podemos utilizar para ganhar nosso sustento e sermos realizados.
Você possui características especiais, vejo diariamente pessoas procurando vagas em ramos que nada tem haver consigo. Por uma imaturidade e desconhecimento de si, como nossa personagem, saem das entrevistas frustrados sem entender o motivo da não contratação. Não percebem aonde erram!
Dica de alguém que trabalha com recrutamento, sem perder a humildade e a capacidade de reconhecer até onde podem ir, suas limitações e seu conhecimento técnico, apresentem-se às vagas, de queixo erguido, orgulhosos de serem o que são, e de seus valores. Acreditem no que existe, não no que lhes contam.
De antemão já lhes afirmo, que o que existe no nosso país é muito emprego aguardando por pessoas preparadas e especiais como você, mas não esqueça de desligar o seu ventilador…
Abraço e sucesso!!!
Floriza Auriet da Costa é consultora de RH para Call Center. ([email protected])

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