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Empresa sem música = estresse

Autor: Edilson Menezes
Na sua empresa, os funcionários ouvem música ou por lá ainda existe a crença absurda de que música tira a concentração?
No escritório, a música oferece harmonia e paz ao ambiente, desperta a criatividade, acalma os mais esquentadinhos e equilibra a vibração energética para que se mantenha positiva.
Apenas uma música tem o poder de gerar reflexões profundas no lado direito de nosso cérebro; emocional e pronto para trabalhar em alta performance.
Você já percebeu que a nossa audição é muito sensível e o estresse, que tanto abate nossos profissionais, pode ser causado pelo excesso de vozes?
Preste atenção auditiva ao seu local de trabalho e ouvirá que, em alguns momentos, seja escritório ou loja, o barulho se assemelha ao da bolsa de valores. Cada pessoa defende o que pensa e quando não consegue se fazer ouvir, fala ainda mais alto.
Multiplique isso por no mínimo 8 horas diárias e você vai descobrir que todo dia escuta uma combinação de vozes, argumentos, contradições, discussões, contendas, risos, fofocas e no mínimo metade deste tempo você escuta tudo num tom elevado.
Não cometa o crime de privar os colaboradores da arte que traz plenitude até para almas mais inquietas. Instale um sistema de som em sua empresa, escritório ou loja.
A música no trabalho não desconcentra. Isso é mito. O lado esquerdo do cérebro representa a razão e tem por responsabilidade manter a pessoa focada no que faz enquanto o lado direito, lúdico, descansa com a música.
Talvez tenham te ensinado, bem lá atrás, que não se deve trabalhar com música para não comprometer a seriedade ou a pontualidade. Isso é crença. As gerações anteriores não tinham informação de mão beijada como a internet hoje disponibiliza. Precisavam pesquisar e cada pessoa se especializava em uma função específica. Estas gerações não valorizavam os perfis multitarefas e quase não usavam a versatilidade dos próprios sentidos. Eram mais pragmáticas e não tinham motivos para lidar com a inteligência emocional. Os tempos mudaram porque a informação demanda menos tempo de pesquisa e o mercado nunca remunerou tão bem os versáteis, mas convenhamos: uma pessoa multitarefas estressada rende menos que uma desfocada. Então, música nela!
Há uma pequena regra. Não pode ser qualquer música.
Nos escritórios, sugiro instrumentos como harpa, teclado, violão e flauta. Alguns exemplos: música celta, clássica, indiana, indígena, New Age e uma boa dosagem de música popular brasileira também cabe muito bem.
No ambiente comercial, sugiro cordas e percussão: violão, guitarra, baixo, bateria. Quando a loja ou escritório de vendas estiver vazio, música agitada para atrair clientes e quando lotada, cadencie o ritmo para mantê-los no ambiente por mais tempo.
Nos bares e restaurantes, vale usar a mesma trilha que os escritórios utilizam durante o almoço ou jantar, momento harmônico e sagrado para os clientes. Mais tarde, na hora da cervejinha, basta que se inspirem na mesma estratégia do ambiente comercial.
Para inspirar e encorajar você a presentear a audição dos colaboradores, vou dividir um case conquistado exatamente hoje, no dia em que escrevo este artigo.
Há algum tempo, eu vinha querendo conciliar o treinamento comportamental com a música ao vivo, pois temas gravados sempre fizeram parte de meus eventos.
Depois que deixei a capital e me mudei com a família e o escritório para o litoral de São Paulo, a vida colocou três amigos músicos em meu caminho. Agarrei a chance.
Pelo segundo ano consecutivo, um de meus clientes lojistas fez contato e me pediu que fosse até o seu espaço motivar a equipe rumo ao mês sagrado de vendas, dezembro. Pensei por um momento e decidi ousar. Disse para ele que em tempos adversos, é preciso usar porções cada vez maiores de ludicidade para educar adultos a desejarem o máximo da performance pessoal.
– Eu posso montar um Workshop, escolher a trilha sonora de todo o trabalho e inserir, entre as atividades, poderosas reflexões motivacionais com base na letra das músicas e na semelhança entre a arte de vender e a arte musical.
A confiança que este cliente tem em minha empresa bastou para aprovar a contratação, mesmo sem conhecer o conteúdo. O amigo Ronny Santos, grande músico a quem dedico este artigo, deu um show ao vivo e o evento foi sucesso total. As pessoas amaram, se envolveram e quando nos despedimos, tive a chance de ver o comprometimento estampado no semblante aguerrido de cada colaborador.
O formato de educação empresarial está pedindo novidades que transcendam ao modelo 100% orador usado em palestras e treinamentos.
O formato da produção comercial e industrial está implorando um fino trato na lida com a inteligência emocional e a música não pode ser ignorada como combustível desta atenção que vai tornar as pessoas mais produtivas e felizes.
Vale analisar, amigos leitores, que o ser humano aprende por emoção (prazer) e se torna excelente por razão (prática).
Quer ir ainda mais longe? Vá!
A sua empresa tem um jingle? Caso você não saiba, é uma mensagem publicitária em formato de música capaz de fazer o cliente lembrar-se da marca com facilidade. Desenvolva.
Existe uma trilha sonora que identifique o seu negócio? Crie.
O resultado de minha ousada experiência eu já contei. Agora, é hora de você ousar. Se ficar difícil, faça contato e te ajudarei. Mas, lembre-se: a pior decisão que você pode adotar é nenhuma, porque o seu concorrente decide, sem estresse, dentro de poucos acordes. Quero dizer, dentro de poucos segundos…
A escolha, como sempre, é apenas sua!
Edilson Menezes é treinador comportamental e consultor literário. Atua nas áreas de vendas, motivação, liderança e coesão de equipes. ([email protected])

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