Empresas da AL caminham para outsourcing de RH


As organizações da América Latina estão se preparando para o outsourcing de Recursos Humanos, ao mesmo tempo em que se esforçam para priorizar a padronização de processos e o foco nas questões relacionadas ao negócio, de acordo com a nova pesquisa da Hewitt Associates, empresa global de serviços de Recursos Humanos. A pesquisa foi respondida por mais de 40 empresas do Brasil, Argentina, Chile e México, que juntas representam um universo de mais de 185.000 empregados.

Segundo estudo, entre as principais pressões enfrentadas pelos executivos de RH hoje em dia estão fornecer um melhor suporte ao negócio, focando o RH em atividades mais estratégicas (58%) e atrair, reter e desenvolver talento (51%). Ainda segundo a pesquisa, estas duas questões permanecerão como prioridades de RH pelos próximos dois anos.

Num esforço para fazer com que o RH seja mais eficiente e livre para cuidar das principais questões que se apresentam aos executivos, a maioria das empresas pesquisadas buscou, nos últimos dois anos, adotar medidas que resultassem na melhoria da função interna de RH, tais como implementação de novos sistemas tecnológicos de RH (83%) e reengenharia de processos de RH (73%). Embora hoje em dia apenas uma entre cinco companhias pesquisadas tenha centralizado funções de RH, regional ou globalmente, espera-se uma mudança neste cenário, pois aproximadamente cinco entre dez empresas pesquisadas afirmaram que deverão ter processos e políticas de RH centralizadas nos próximos dois anos.

“Claramente as empresas estão dedicando uma grande quantidade de tempo e esforço na reengenharia das funções de RH, visando uma maior padronização dos processos”, diz Carlos Raposo, diretor geral de Outsourcing de RH para a América Latina na Hewitt Associates. “Freqüentemente este passo é o precursor do outsourcing de RH, na medida em que permite que os recursos fiquem mais livres para focar em questões vitais para o negócio, iniciativas estratégicas, ao invés de ficarem presos a questões administrativas de RH”.

Motivação para o outsourcing – A pesquisa da Hewitt mostra que as organizações consideram o outsourcing a melhor alternativa para melhorar a qualidade dos serviços (79% responderam índice 4 para outsourcing, numa escala de 1 para 6). Outros indicadores chave foram: a oportunidade de economia de custos (75%) e o desejo de focar os recursos nas atividades principais (67%). Das companhias que terceirizaram processos de RH, dois terços (67%) avaliaram se já alcançaram os objetivos. Entre elas, 93% disseram que estão satisfeitas com o nível de sucesso. E 75% disseram que perceberam os benefícios que esperavam alcançar a partir do outsourcing de RH.

Entretanto, aproximadamente metade dos participantes disse que existem barreiras para o outsourcing de RH nas organizações, sendo que as três principais são preocupações relacionadas ao orçamento disponível (51%), perda de headcount e impacto na moral dos funcionários (50%), além da reação dos funcionários a um fornecedor externo (39%). Sendo que o CEO é o decisor final quando à terceirização de RH, segundo mais de 55% dos participantes.

“De forma geral, empresas que tomaram a atitude de terceirizar atividades internas de RH estão atingindo os resultados e objetivos que esperavam alcançar. Entretanto é importante lembrar que o outsourcing exije um comprometimento maior. Empresas que consideram a possibilidade de terceirização devem identificar as questões que esperam ver solucionadas pelo outsourcing, construir um business case, envolver os principais tomadores de decisão, e aprender com a experiência de outras empresas. Estes passos são fundamentais e podem auxiliar no sucesso do outsourcing “comenta Carlos.

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