Em reunião, o Conselho Nacional de Tecnologia da Informação (Conati), fórum que congrega 14 entidades do setor de TI, discutiu o programa de racionamento de energia elétrica do governo, previsto para os próximos meses na região sudeste do País.
Um dos pontos abordados que mais preocupam os empresários do setor são os cortes de energia previstos para as empresas que não atingirem a meta de 20% de economia no consumo.
Segundo Ernesto Haberkorn, presidente do Conati e da Assespro (Associação Brasileira das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Softwares e Internet), a energia elétrica é item importante da composição de custos dos serviços de informática. Caso os aumentos, que fatalmente ocorrerão, não forem refletidos nos índices de IGP, que reajustam contratualmente os preços dos serviços, mais uma vez o setor terá de buscar medidas paralelas para resolver a questão.
Ele afirma também que os serviços oferecidos pela Internet tiveram um crescimento de 50% nos últimos 12 meses. Logo, se considerarmos a economia necessária de 150 para 80, estamos falando na realidade em uma subtração de 47%, o que é absolutamente inviável para o setor.
O Conati considera que os equipamentos atuais, em especial as estações de trabalho e servidores, não precisam trabalhar em temperaturas tão baixas como aquelas normalmente fixadas em data centers e outros locais refrigerados com sistemas de ar condicionado.