O Brasil possui a maior média de profissionais engajados: cerca de 70%, índice superior a marca global, de 62%. A América Latina também apresentou os maiores níveis de engajamento, com cerca de sete entre 10 funcionários. É o que aponta estudo da Aon com a participação de nove milhões de funcionários de 1.000 empresas, em 164 países.
De acordo com Bruno Villela de Andrade, responsável pela área de consultoria em engajamento da Aon Brasil, os níveis de engajamento dos brasileiros apresentaram um leve aumento quando comparado com o levantamento de 2013, porém, a percepção da experiência geral dos funcionários se manteve igual. “Tivemos um crescimento de 1% em relação a 2013. Nos países com as 20 maiores economias e maiores volumes de funcionários, o engajamento se manteve estável, permanecendo em 61%”, relata. Apesar dos aumentos considerados modestos, o executivo afirma que a média da satisfação com o emprego despencou 28% no mundo, enquanto que no Brasil não apresentou variação.
A pesquisa mostra que no Brasil o principal item que apresentou aumento foi Diversidade e Inclusão, com 6%. Já o driver Marca & Reputação não apresentou mudanças, enquanto que os itens Atividades Diárias e Clientes registraram uma queda de 5%.
O executivo explica que embora os brasileiros ainda não estejam sofrendo o impacto direto da instabilidade econômica sobre o engajamento, este cenário causa insegurança nos funcionários e nas empresas. “O panorama atual da economia faz com que muitas organizações optem por ações e programas de RH mais conservadoras e limite a implementação de projetos de liderança. Por conta dessa perspectiva, os profissionais também temem a perda do emprego”, esclarece. Em contrapartida, Andrade diz que isso não deve ser uma regra. “As empresas devem aproveitar o cenário econômico como oportunidade para inovar, aproximando-se do desempenho da equipe para desenvolver habilidades mais softs, como resiliência, transparência e walk the talk nos gestores de pessoas”, alerta.