Falta de mão de obra não barra economia



Com o anúncio de grandes obras e investimentos no Brasil, como PAC, Pré-sal, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, cresceu a demanda por mão de obra qualificada. Somado a questões como a complexidade tributária, burocracia, falta de infraestrutura e competitividade, o cenário teria tudo para se tornar crítico nos próximos anos, contudo, não é o que deve acontecer, de acordo com o advogado tributarista David Roberto Soares da Silva.

 

“O governo já pensa em flexibilizar a entrada de técnicos estrangeiros – engenheiros, por exemplo – com contratos temporários, na medida em que o mercado local não consegue atender a demanda”, aponta Silva. “A falta de mão de obra no Brasil não tem nada a ver com a crise, mas com a ausência de investimento em educação no país. Mudanças urgentes nas políticas educacionais são necessárias. É preciso investir pesado no ensino básico e médio”, completa, mencionando que o aumento dos salários e os investimentos internos em qualificação são medidas que ajudam a contornar esse gargalo na mão de obra.

 

O advogado apresenta como exemplo a ser seguido pelo Brasil a Coreia do Sul, que investiu pesadamente em educação nos últimos 30 anos e conseguiu, em uma geração, transformar o país. “Nos anos 90, o carro coreano era visto como ‘carroça’. Hoje, a Hyundai vende os carros mais admirados no Brasil em termos de tecnologia e design. O mesmo ocorre com televisores, tablets, entre outros aparelhos eletrônicos. LG e Samsung são exemplos de inovação tecnológica”, conclui Silva.

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