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Falta uma cultura?

Perto do potencial que possui, o Brasil ainda tem pouquíssimas empresas com o capital aberto. O número gira em torno de 400. Se pegarmos apenas o mercado de gestão de clientes, esse número cai ainda mais. Temos Contax e CSU na Bovespa, Atento e Sitel na NYSE, Teletech na Nasdaq e Teleperformance na Euronext. Na visão do presidente Magliano Corretora, Raymundo Magliano Neto, isso acontece por uma questão cultural. “As empresas de call centers possuem um alto potencial para ter capital aberto, dando força para crescerem ainda mais. Mas não o fazem. O lado positivo é que o setor de pode mudar essa cultura”, comenta.
A vantagem de ir por esse caminho é que permite precificar a empresa. “Se hoje não se sabe quanto sua empresa vale. Ao abrir o capital, saberá exatamente o valor no mercado. E, normalmente, é mais do que imagina.” Além disso, ter o capital aberto facilita no momento de realizar alguma negociação, seja parceria, compra de outras empresas ou mesmo venda. “Várias empresas preferem fazer negócios com empresa com capital aberto, pois há vários pré-requisitos que uma empresa de capital aberto deve ter, sendo muito mais transparente que uma empresa de capital fechado”, pontua.
Outra opção é que também se pode oferecer ações para os próprios funcionários comprarem, criando um maior engajamento. Mas o fundamental, segundo Magliano, é o poder de investimento que traz para a empresa. “Dá para captar dinheiro, sem ir ao banco lidar com juros altos, e se for a algum banco, os juros são menores. A transparência no mercado como um todo (banco e investidores) melhora.” Até porque para todas as decisões tomadas, deve haver uma justificativa para os acionistas.
NYSE
Na avaliação do presidente Magliano Corretora, o ideal para qualquer empresa é abrir o capital em seu país de origem. Isso porque é bom estabelecer uma relação com os acionistas. “É como ter um circulo virtuoso, onde os fornecedores e acionistas são parceiros e conhecem o produto”, esclarece. O executivo defende que é mais saudável ter um nível de relacionamento com os investidores do seu país para, então, ir a Bolsa de Nova Iorque, ainda que a Atento agora pertença a um grupo de investimento americano.

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