Feedback como estratégia de prevenção



Autor: Ricardo M. Barbosa

 

Uma pesquisa do site Curriculum mostra que um dos grandes problemas nas entrevistas de empregos é a falta de feedback, sendo que 83% dos entrevistados, candidatos a uma vaga, não receberam resposta dos selecionadores sobre o encerramento do processo e os resultados do mesmo.

 

Este é um dado preocupante, já que mostra a falta de atenção das empresas à visão que estes profissionais terão da companhia, porém mostra apenas ´a ponta do iceberg´, pois mesmo os colaboradores com muitos anos de empresas sentem falta de um retorno de seus líderes, o que prejudica o desenvolvimento profissional e a produtividade da empresa.

 

Aí fica o questionamento: o que é um feedback e quando deve ser feito? O feedback é toda crítica que recebemos em relação àquilo que realizamos e é de essencial importância para nosso aprendizado e crescimento. Ela permite que modifiquemos nossa maneira de encarar e lidar com determinados assuntos e ideias, e que trabalhemos com mais empenho, se necessário, em busca de melhores resultados. Contudo, além de ser um ponto muito importante, esta avaliação também deve ser tratada com cuidado, pois, alguns pontos são fundamentais e devem ser considerados, tais como:

 

1. Reflita sobre o momento e a maneira mais adequada de fazer críticas construtivas e uma forma inteligente de receber críticas e fazer bom uso delas;

 

2. Uma regra básica para obter resultados positivos é fazer a crítica positiva quando visa a reforçar o comportamento ou desempenho que está atingindo o padrão desejado, e negativa quando visa a corrigir e melhorar o comportamento ou desempenho de baixa qualidade ou insatisfatório. Parece básico, mas muitos líderes se atrapalham, causando confusão na avaliação do colaborador, o que é bastante prejudicial;

 

3. Evite começar falando sobre os pontos negativos da pessoa, isso a colocará na defensiva e prejudicará o processo. Busque sempre iniciar de forma amena, para depois intensificar o assunto;

 

4. Se preocupe com o local onde será realizado o feedback. O mais conveniente seria procurar uma sala, em que não houvesse o risco de ser ouvido, nem tampouco interrompido;

 

5. Observe como o ouvinte reage às suas colocações. A expressão facial do colaborador irá orientá-lo se o feedback está sendo construtivo ou apenas complicando uma situação que poderia ser contornada sem grandes “atropelos” de comunicação;

 

6. Não há mal em fazer uma crítica positiva geral ao grupo diante de outras pessoas, pelo contrário, há consideráveis benefícios nessa atitude;

 

7. Em uma avaliação 360, o ideal é que se faça de forma individual e presencial onde seja possível englobar 100% dos colaboradores, mas nem sempre esta prática é adotada pelas organizações;

 

8. Seja objetivo nas suas explicações diante do profissional, evite a opção da dúvida e que expectativas não reais se formem na cabeça do colaborador;

 

9. Se prepare para este procedimento com antecedência e para facilitar o processo de feedback, liste os itens que você abordará na conversa com o colaborador;

 

10. Mostre que sempre estará aberto para trocar ideias, caso o colaboradore tenha dificuldades para realizar determinada atividade;

 

11. Quem fala também deve estar preparado a escutar a outra parte. Uma comunicação unilateral não surte os melhores efeitos. Por isso, esteja pronto para ver o “outro lado da moeda”.

 

Ricardo M. Barbosa é diretor executivo da Innovia Training & Consulting.

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