Foco no resultado

Autor: Diego Simioni
No passado, muitas empresas estavam satisfeitas controlando o relógio de ponto dos funcionários. Se trabalhou as horas determinadas, estava resolvido. Esse modelo de gestão está mais do que ultrapassado quando se pensa em administração de empresas.
Companhias privadas e públicas do mundo todo têm adotado uma ferramenta mais eficaz de administração: a gestão orientada para resultados. A proposta desse método é criar uma cultura organizacional da empresa diferenciada, sem preocupação excessiva com os procedimentos. Em outras palavras, em vez do foco nas horas trabalhadas, atenção dedicada aos resultados.
Como o foco é alcançar a meta, o método pode ser diferente a cada mês, até que se descubra aquele que trouxe o resultado mais rapidamente. Flexibilidade é a palavra chave. Uma das consequências desse modelo está em favorecer a criação, ou descoberta, de líderes dentro da empresa, já que os funcionários estão preocupados com resultados e tem muito mais responsabilidade do que se preocupar em chegar no horário.
Gostou da ideia? Confira, abaixo, os passos para adotar a gestão orientada aos resultados. Confira:
Estratégia – É preciso definir missões e valores da empresa, fatores críticos de sucesso, objetivos estratégicos e operacionais. Para isso, é preciso fazer uma análise minuciosa dos negócios, produtos e serviços. Atentar ao ambiente externo, ou seja, concorrência e público-alvo, também é fundamental.
Não existem resultados sem ação e harmonia de todos os setores da empresa. Por isso, antes de colocar a mão na massa, após fazer esse levantamento e análise, é preciso traçar um plano de ações. Escolha quem vai executar as tarefas, quem vai coordenar as equipes e quanto vai custar cada ação.
É importante que, com base nos dados, objetivos e funções traçadas, você crie um manual de operação e de gestão para replicar os processos e capacitar a equipe de forma que todas as operações tenham um padrão único.
Indicadores de rotina – Para acompanhar o desempenho e a efetividade das ações e do trabalho da equipe, é preciso criar indicadores de rotina. Esses são, basicamente, um conjunto de informações mensuráveis capazes de avaliar o desempenho quantitativo e qualitativo de um profissional, de uma equipe ou de toda a organização.
Eles são essenciais para medir, não só a produtividade da equipe ou do funcionário, mas também a qualidade do serviço. No fundo, eles vão mostrar se a teoria se comprova na prática, se os planos de metas estão mesmo funcionando.
A elaboração de relatórios semanais com esses números facilita a detecção de erros quando eles estão ainda pequenos, e não se tornaram uma bola de neve que pode comprometer os resultados. Se os indicadores ficam abaixo das expectativas todas as semanas, é preciso rever e refazer os planos de metas. Contar com ajuda de ferramentas pode ajudá-lo bastante.
Capacitação da equipe – Se a gestão de resultados não é obcecada com os horários, ela, ao mesmo tempo, demanda que todos os profissionais estejam extremamente focados em atingir as metas esperadas. Não custa nada lembrar que o comprometimento no trabalho não está diretamente ligado à carga horária, mas sim ao cumprimento de tarefas.
Mas, para isso, é preciso que a empresa invista em aprendizado seja em treinamentos, workshops, e-learning e assessoria. Para tanto, é preciso traçar uma trilha de aprendizado como objetivo, recursos envolvidos e os tipos de investimento que serão feitos para cada área ou profissional.
Estabilização – Conseguiu atingir as metas? Ótimo, mas o trabalho não acaba aí. É preciso estabilizar os resultados. A equipe deve estar focada em mantê-lo ou superá-lo. Não pode esquecer e abrir mão, caso contrário, todo o trabalho terá sido em vão.
É natural a acomodação quando se atinge metas. Portanto, estabeleça novas metas para sempre manter os profissionais motivados. E continue acompanhando as atividades com os indicadores de rotina.
Diego Simioni é administrador de empresas e sócio-fundador da Goakira.

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