Autor: Eduardo Shinyashiki
Para se construir uma equipe de alta performance, primeiramente, é preciso de um líder de alta performance. Um líder que aperfeiçoou sua postura, caráter e modo de pensar para cuidar da convivência com as pessoas. Existem sete estágios para se construir equipes de desempenho elevado. É um caminho que promove o desenvolvimento individual e coletivo a fim de conquistar resultados que vão além do esperado. Confira:
1. Orientação
É preciso reconhecer a visão pessoal, da equipe e da organização. A visão precisa ser clara para que todos entendam o seu papel, sua parcela de responsabilidade e a sua importância dentro do todo. Em um cenário em que a visão não é definida e clara, surgem diversos impasses como excesso de conflitos e de trabalho, mais gastos de recursos e falta de posicionamento e foco, o que pode direcionar o futuro da empresa à falência.
2. Construção de confiança
Saber quem são as pessoas da equipe, o que elas gostam e sonham para a vida é uma forma de demostrar que elas são especiais. Isso abre caminhos para a construção de um relacionamento de confiança. A partir de quando se constrói uma relação sólida e segura, a pessoa tende a ter empatia e desejo de realizar o bem ao próximo. Mas é importante ter a consciência de que a construção de confiança requer tempo e manutenção. Tendo esse pilar bem esclarecido, ele passa a ser um valor indispensável para a equipe.
3. Objetivos
Um dos mais importantes objetivos da liderança é criar na empresa um clima de confiança, em que as incompatibilidades entre colaboradores sejam diminuídas, fazendo com que eles procurem sempre em conjunto novos objetivos. Conhecer e respeitar o objetivo do outro também é um ponto extremamente importante para o bom funcionamento da equipe. Tendo esses objetivos claros, o alcance de metas se torna mais simples e a os resultados mais brilhantes.
4 – Compromisso
Ter um compromisso com a equipe é saber e principalmente querer trabalhar em conjunto em busca da realização de metas. “O melhor resultado é obtido quando todos no grupo fazem o melhor para si e para o grupo”, disse John Forbes Nash Jr. Essa é uma ótima frase para ilustrar a importância da visão dentro de uma organização. Quando nos sentimos realizados pessoalmente é quase que natural o reflexo na vida profissional. Nos doamos mais, fazemos além e apresentamos mais resultados, demostrando total compromisso com os objetivos da empresa.
5 – Implementação
Definir quem faz o que, quando e onde são diretrizes necessárias para alinhar ações de sucesso. A execução requer um time resiliente, capaz de lidar com os desafios e superar as adversidades que surgem no caminho. Os processos se tornam menos complexos quando há uma implementação eficiente, alinhada ao perfil do grupo e à identidade da empresa.
6 – Alta Performance
Quando atingimos esse estágio estamos altamente ligados aos companheiros da equipe. É o supra sumo do trabalho em grupo, em que todos se tornam um. Ao se tornar “alta performance” a equipe já rompeu as crenças limitantes, fazendo com que as pessoas inseridas no grupo jamais queiram sair dele.
7 – Renovação
Temos que estar sempre preparados para eventuais mudanças no cenário. Ainda que a equipe esteja no ápice do seu desempenho, não é descartável a possibilidade de contratempos, como a saída de um importante membro, por exemplo.
Nada abala mais o processo criativo do que a ingênua ideia de que uma vez definida a visão, só resta implementá-la. De fato, passar da visão à concretização e trazer à existência o resultado, é como o trajeto da nascente do rio até o mar, cheio de obstáculos a serem superados. Por isso, precisamos de sabedoria e consciência de que, se precisar, devemos e podemos fazer ajustes e mudar de direção para continuar uma história de sucesso e construir um futuro que só depende de nós.
Eduardo Shinyashiki é presidente do Instituto Eduardo Shinyashiki, palestrante, consultor organizacional, especialista em desenvolvimento das Competências de Liderança e Preparação de Equipes.
