Pesquisa divulgada pela Randstad perguntou a participantes de 34 países o nível de aceitação deles com relação à atuação de homens e mulheres como gerentes nas empresas. Como resposta à pergunta que questiona se os homens acham que são favorecidos no ambiente corporativo, mesmo em ocasiões em que há igualdade de qualificação diante das mulheres, 71% do público global masculino apontaram que, de fato, trata-se de uma realidade no mercado de trabalho. No Brasil, o índice também alcançou 71%, bem como na Inglaterra e na Argentina. Quando a mesma pergunta é feita às mulheres, a média mundial é de 69%. Para as italianas, por exemplo, que lideram essa lista, 82% creem que os homens são favorecidos. Em seguida vêm as francesas (81%) e as brasileiras (80%). Na Índia e em Hong Kong, entretanto, esta mesma impressão foi compartilhada por 47%.
O estudo apontou também em quais países as estruturas organizacionais contam com mais homens como gestores. Quando o público masculino foi ouvido, o resultado indicou que no Japão o percentual de profissionais com chefes homens é de 93%. No Brasil e na Austrália, o número chega a 75% e, na Suécia, 64%. Já as mulheres responderam que, globalmente, 55% têm homens como superiores. O Japão, novamente, lidera esse ranking, com 76%. Brasil, Holanda, China, Alemanha e Argentina tiveram neste quesito uma amostragem de 60%. No Canadá, 41% das participantes da pesquisa afirmam ser gerenciadas por homens.
Um dos pontos mais polêmicos do estudo, no entanto, fica por conta da questão que consulta se os respondentes preferem ter homens como gestores. 71% do contingente masculino que participou da iniciativa disse ter preferência por gerentes do mesmo gênero. Já no Brasil e no Chile, esse índice foi de 57%. A mesma pergunta, quando feita às mulheres, revelou que 58% gostam mais de ser geridas por homens, de acordo com a média global. No Brasil o total foi de 60%.