Hora de pensar em novas formas de contratar

Autor: Jacob Rosenbloom
Em tempos de crise e de otimização de tempo, custos e resultados, alguns dados costumam ser mais que contundentes. Segundo levantamentos internos, feitos com departamentos de Recursos Humanos (RH), 70% do tempo do profissional de Recrutamento e Seleção é ocupado procurando, triando e agendando entrevistas com candidatos.
O percentual acima é alto, principalmente, se pensarmos em empresas com alta rotatividade e que precisam selecionar mais de 100 candidatos novos por semana. O tempo do profissional de RH, gasto com esse filtro e seleção, deveria (e poderia) ser utilizado em campanhas de clima e em outras atividades em prol da manutenção dos funcionários. Mas, não. O seu tempo é geralmente quase que todo dedicado para encontrar o candidato perfeito para vaga. E que muitas vezes depois sairá da empresa em menos de seis meses, tornando ainda mais complicada a questão, pois o profissional precisará repetir todo o processo de novo: definir o escopo da vaga, publicar e postar a vaga, receber os currículos, selecionar os candidatos mais aptos para a entrevista, entrevistar o profissional, escolher o candidato mais adequado, iniciar o processo de contratação, receber o novo funcionário e treinar o novo colaborador. Se descrever o processo nessas linhas já parece exaustivo, imagine na prática.
Hoje, com o advento do georecrutamento e a quantidade infindável de ferramentas que auxiliam na busca do profissional mais adequado para vagas, é quase um erro insistir em processos morosos e pré-históricos. Contratar utilizando geolocalização vai acabar com um problema futuro do RH ao escolher o candidato: a rotatividade.
A questão da rotatividade sempre será um tema presente nos departamentos de Recursos Humanos, por isso, as companhias precisam começar a pensar em como reter o profissional. Não basta apenas aumentar o salário, é preciso definir novos parâmetros de empregabilidade e retenção. A questão da distância ganha destaque cada vez mais, principalmente agora, em um mundo conectado em que muitas coisas estão a um clique de distância.
Precisamos saber olhar os dados, tanto implícitos como explícitos, pois eles ajudam o RH a tomar melhores decisões. Os números mostram que algumas escolhas trarão benefícios não somente para o RH, mas para a empresa como um todo. Por exemplo, optar por um profissional que reside próximo à empresa pode gerar uma economia de até sete (7) vezes o salário da posição. Essa economia se refere aos custos da demissão em si, do custo em recrutamento, em perda de produtividade enquanto não chega o novo funcionário, e até que ele esteja 100% produtivo.
É hora de começar a pensar em novas formas de selecionar e contratar. 
 
Jacob Rosenbloom é CEO da Emprego Ligado.

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