Autor: Oliver Sanchez
Falecido em 14 de março de 2018, Stephen William Hawking, ou Stephen Hawking, como é conhecido, disse que “todos os aspectos das nossas vidas serão transformados, e isso pode ser o maior evento na história da nossa civilização”. Nessa frase, o físico se referia à Inteligência Artificial (IA) e o impacto que ela pode ter em nosso cotidiano.
Mesmo sem ser novo – o termo já existe há décadas -, esse tipo de tecnologia está em constante evolução, tornando-se cada vez mais concreta e dando opções de aplicações nas mais diferentes áreas de negócio. Hoje vivemos a 4ª grande Revolução Tecnológica, que engloba todos os conceitos de IA, Big Data, Analytics e diversas outras inovações.
Conforme levantamento realizado pela Statista, que reúne estatísticas de diversos setores, a Inteligência Artificial movimenta, nos dias de hoje, US$ 2,4 bi. Para 2025, a expectativa é que esse valor supere os US$ 60 bi, tornando-se um dos principais setores no que tange as tecnologias disruptivas.
Historicamente empresas encontram diversas barreiras para a realização de tarefas que deveriam ser simples. Em datas de pico, como o Natal, as lojas online precisam, por exemplo, aumentar o seu efetivo em call center para atender a demanda. Esse investimento poderia ser melhor aproveitado em algum setor que de fato ajudasse a companhia a elevar o número de conversões. Atualmente isso já é possível. Com a IA as corporações estão encontrando alternativas e alcançando benefícios como a redução de custo operacional, a melhoria na eficiência e a automatização de processos, dentre outros.
Esse tipo de solução está tão presente na rotina da população, que as pessoas já não percebem mais a tecnologia, mas sim os seus benefícios. Ao realizar uma pesquisa em um buscador, caso o usuário escreva alguma palavra errada, o próprio site questiona se a busca não era diferente, e isso é algo simples que ocorre com cada vez mais frequência. Para os mais leigos, o assunto pode passar batido, mas os mais antenados percebem a evolução: as máquinas estão aprendendo.
E não é só isso. Pesquisas utilizando a voz são possíveis e você não precisa soar robótico, mesmo falando de maneira informal você será entendido e terá seus resultados. Rostos são reconhecidos em fotos nas redes sociais de forma automática. Tudo isso é Inteligência Artificial. Num primeiro momento podemos nos assustar, mas as experiências tendem a ser cada vez mais humanizadas e únicas.
Quanto a essa tendência costumamos falar que no futuro as pessoas não precisarão mais aguardar horas no telefone para adquirir ou cancelar um serviço, que os smartphones estarão cada vez mais próximos, como verdadeiros amigos, e que diversas atividades poderão ser realizadas de maneira autônoma, mas isso é mesmo uma tendência? A grande verdade é que tudo isso já acontece.
Já falava William Ford Gibson, escritor américo-canadense de ficção especulativa, “Como eu tenho dito muitas vezes, o futuro já chegou. Só não está uniformemente distribuído”. O próximo passo, portanto, é tornarmos essas tecnologias cada vez mais palpáveis e acessíveis, garantindo a sua distribuição e assegurando que o futuro estará cada vez mais no presente.
Oliver Sanchez é country manager da Aivo.