Líder gera engajamento

A qualidade da relação com o superior direto influencia diretamente no comprometimento que o funcionário tem com suas atividades, aponta pesquisa realizada pela MSW Research para a Dale Carnegie Training, empresa focada no treinamento e desenvolvimento de habilidades interpessoais no ambiente corporativo. Foram avaliados três mil colaboradores do mundo todo, sendo que os brasileiros são 14%.
De acordo com os 439 analisados, a relação do funcionário com o chefe direto é crucial para que ele se sinta engajado à função que exerce. Apenas 3% das pessoas que estão insatisfeitas com a chefia imediata se dizem engajadas ao trabalho. Já entre os que se dizem muito comprometidos com suas atividades, 55% estão plenamente satisfeitos com os superiores. As qualidades mais valorizadas nesses líderes são o esclarecimento e o entusiasmo com que exercem suas atividades e se relacionam com os demais. Os chefes considerados ansiosos mantém 41% da equipe engajada, enquanto os mais confiantes mantém esse índice em 53%.
O mesmo vale para a relação do profissional com a diretoria da empresa: daqueles que estão insatisfeitos com a gestão, apenas 2% se dizem completamente motivados com a atividade exercida. Já entre os que estão satisfeitos com a liderança, 62% garantem ser altamente comprometidos com seus cargos.
Destacam-se, também, a identificação do funcionário com os valores da empresa e o sentimento de valorização – que chegam a ser citados como mais importantes que os salários por 65% dos avaliados. Desses, dois terços declararam que estão dispostos a fazer um grande esforço para que sua empresa atinja as metas estipuladas. Além disso, 64% dos trabalhadores engajados afirmam que o salário não é a principal razão para permanecerem no emprego.
Esse dado é endossado pelos demais resultados obtidos durante a pesquisa: enquanto a relação com a chefia é primordial, na maioria dos casos o salário não é decisivo. Metade dos que se declaram desengajados mudaria de emprego caso a nova proposta representasse um aumento salarial de apenas 5%. Por outro lado, apenas um quarto dos funcionários engajados consideraria trocar sua vaga atual, mesmo que o aumento oferecido fosse de 20%.

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