Autores: Rubenvaldo Costa e Rachel Milech
Estamos acompanhando o quanto tem se falado sobre o conflito entre as gerações, X e Y principalmente, assim como a busca pelo modelo de gestão que produza os melhores resultados no sentido de atrair e reter os talentos mais jovens. Diversos estudos exploram as diferenças entre ambas as gerações. Mas o que é similar e não muda de geração em geração? Por exemplo, a necessidade de desenvolvimento de competências, embora algumas daquelas valorizadas há 20 anos não sejam as mesmas consideradas fundamentais nos dias de hoje.
Dentre os componentes que definem uma competência, conhecimentos, habilidades e atitudes, o último deles aumentou seu peso em relação aos demais. É claro que hoje tudo evolui em uma velocidade muito maior, o que exige a crescente necessidade de adaptação e de aprendizado em prazos mais curtos. Mas isso não é suficiente para líderes interessados em manter as pessoas engajadas e motivadas. O desenvolvimento e, principalmente, a prática de atitudes como o diálogo, a valorização, compreensão e consideração das necessidades e expectativas do outro, são fundamentais quando se trata da geração Y.
O reconhecimento de que é possível aprender reciprocamente, por meio da troca entre X e Y, é uma estratégia que tem se mostrado eficaz nos processos de mentoring conduzidos pela DBM. Nesses processos a troca ocorre de forma intencional e voluntária, o que favorece o encontro geracional de forma construtiva e não conflitiva. Ambos aprendem através do olhar do outro, e refletem sobre suas experiências, competências e visões de futuro.
Apostamos na premissa de que a vontade de aprender e evoluir é inerente ao ser humano, seja qual for sua geração. O que mudou é conceito de evolução e os caminhos que levam a esse resultado, que cada vez mais deve levar em conta o aprendizado através da interação eficaz entre as gerações. O primeiro passo para isso acontecer é o entendimento de que ambos têm algo a ofertar para o outro. A história e vivência de cada um é capaz de enriquecer a experiência do outro, assim como inspirá-lo em sua própria busca.
Rubenvaldo Costa é diretor da unidade DBM Rio e Rachel Milech é consultora da DBM