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Liderar e saber mudar

Autor: Jorge Bassalo
Assumir o desafio de presidir uma companhia é para alguns a realização de um sonho, e para outros a consequência natural da trajetória profissional. Fato é que, à frente de uma companhia, muitos executivos ainda resistem em contar com mão de obra especializada externa na hora de uma inevitável mudança e esta pode ser oriunda de uma aquisição, fusão, mudanças tecnológicas ou até mesmo de uma reorganização de setores e equipe por questões estratégicas. Essa resistência, em muitos casos, pode resultar no fracasso de todo o processo.
Como líderes, uma boa parcela de presidentes e até mesmo diretores acreditam que podem promover as mudanças necessárias “a toque de caixa”, ou seja, seguindo o mesmo ritmo implantado para a rotina do dia a dia. Ledo engano! Tal atitude é compreensível,  afinal a responsabilidade é alta, porém para gerir uma mudança na organização é necessária a adoção de uma metodologia e aprofundamento de todo o cenário. Esse último exige dedicação full time, bem como um olhar imparcial e minucioso de como e onde está a companhia, deseja que ela caminhe para onde e a maneira de como isso será feito.
É difícil definir de forma precisa as novas funções e composições de setores sem que haja uma aproximação com cada membro da equipe, entendendo seus anseios, desejos, dúvidas e até frustrações. Isso porque o maior capital da empresa é o material humano. Logo, tornar uma mudança na organização bem sucedida está diretamente ligada à compreensão, satisfação e engajamento de cada funcionário, essencialmente os líderes de cada departamento, pois irão ajudar no processo de implementação e adaptação da mudança.
Contudo, esse processo não é tão simples como se imagina. É possível encontrarmos com facilidade situações que mostram uma resistência no alto escalão da organização, não por simples teimosia, mas por uma visão equivocada sobre o melhor caminho para promover uma mudança na organização. Entre os mitos mais comuns, percebemos alguns mais recorrentes, como a resistência dos dirigentes em contar com um corpo externo, já que eles ficam receosos de que ocorra vazamento de informações estratégicas da companhia.
Outro mito é quanto ao gestor acreditar que os atributos que o levaram a liderar a companhia são suficientes para administrar as mudanças. Essa é uma visão míope e até mesmo prepotente, pois geralmente não conseguimos ver nossos próprios problemas e como administrá-los ou solucioná-los por estarmos imersos na questão.
É aí que um olhar de fora, ou seja, de uma empresa com prática em gestão da mudança pode ajudar a pensar “fora da caixa”. Além, de dar uma visão panorâmica do cenário em que a organização se encontra, a terceirizada auxiliará na introdução dessas mudanças à cultura da organização. Uma ressalva: a visão 360º não é o único obstáculo para uma mudança efetiva e eficaz. É necessário um diagnóstico e um esforço por parte dos condutores do processo em “abraçar” as mudanças necessárias.
Jorge Bassalo é consultor e diretor da Strategy Consulting.

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