Machismo, ainda?

Autor: Lyana Bittencourt
Comportamento machista parece coisa do passado porque no mundo atual não cabe mais, será?  Infelizmente não, ainda existem em nosso país muitas empresas que, consciente ou inconscientemente, tem executivos que cultivam essa cultura.
Alguns motivos podemos destacar aqui.
Primeiro pelo próprio comportamento do executivo principal.  Se dá o exemplo, é normal que os demais acabem tendo o mesmo comportamento.
Outro aspecto que também contribuiu com isso no passado foi o próprio comportamento da mulher, influenciada por mente coletiva de seus avós e pais, de que veio para ser esposa, mãe e dona de casa.  A mulher assumiu esse comportamento e custou para se impor no meio profissional, muitas vezes se colocando numa situação de inferioridade.
Hoje a realidade é outra, já temos mães que se destacaram no mercado profissional e vem influenciando suas filhas com outro modo de pensar e agir. Muitas mulheres se destacam hoje no mercado profissional assumindo posições que no passado só os homens assumiam, algumas liderando grandes corporações e mostrando para que vieram, gerando resultado e destaque para a empresa.
Outro aspecto importante na eliminação desse preconceito e cultura machista na empresa é a atuação do profissional de Recursos Humanos.  Este tem que ter uma cabeça aberta e livre de qualquer tipo de preconceito.  A própria profissão exige isso, e deve procurar sempre equilibrar nas posições dentro da empresa, mulheres e homens.  E se notar que existem comportamentos machistas na empresa, fazer um trabalho de conscientização, evitando que isso se consolide e gere problemas internamente para as mulheres e para a empresa.
Estamos vivendo em um mundo totalmente global e digital, em que tudo se conhece e se compartilha. As pessoas não ficam mais caladas quando se sentem desconfortáveis com determinadas situações ou atitudes, as empresas precisam ficar atentas a este comportamento atual.
Outro aspecto que as empresas não podem ignorar é a nova geração, a dos milênios.  Estes têm outra cabeça, já nasceram no mundo digital e defendem e valorizam aspectos e valores muito diferentes da geração passada.  Por exemplo, se as empresas cuidam do meio ambiente, qual o propósito da marca e o quanto se identificam com essa empresa, com os produtos e com a forma como os disponibilizam no mercado, e até como tratam seus funcionários e como é a cultura dessa empresa. Uma cultura machista com certeza não será bem vista.
Portanto, preconceitos, racismo e machismos não cabem mais no mundo atual.  Quem pratica está na contramão da evolução, parou no tempo.
Lyana Bittencourt é diretora executiva do Grupo Bittencourt.

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