Marketplace, o futuro do e-commerce?

Já não é surpresa que o comércio eletrônico se encontra em expansão no Brasil. Apesar de o setor representar apenas 4% de todo o varejo do país, não se pode negar que é um dos únicos que possui um crescimento rápido e ainda há muito espaço para conquistar. Em 2008, no começo do e-commerce brasileiro, houve um faturamento 8,2 bilhões de reais, em 2014, foram R$35,8 bilhões, e a estimativa para este ano é que haja um faturamento de R$ 43 bilhões, o que representa o poder de penetração desse mercado no geral. No entanto, Leandro Soares, diretor de marketplace do MercadoLivre, na palestra de abertura do Meeting de Vendas – As Feras do Multicanal, destacou que por mais que o e-commerce apresente uma porcentagem considerada pequena, ele não contabiliza o número de transações por meio de marketplaces, apenas vendas realizadas em lojas virtuais. “Se olharmos para o marketplace, vamos ver que ele representa 20% das vendas online”.
De acordo com o executivo, marketplace ainda é um segmento relativamente novo, inclusive, para o mercado eletrônico. “O MercadoLivre existe há uns 10 anos, mas desde 2012 percebemos um crescimento maior com o surgimento de mais empresas, que começam a oferecer também o marketplace aos seus clientes e acreditamos que este mercado ainda irá crescer muito nos próximos anos”, diz. Uma razão para seu crescimento está exatamente na mudança de visão das empresas que estão fazendo parte desse segmento. Se antes a preocupação estava nas estratégias de vendas e em como obter lucro, hoje, a atenção está voltada basicamente ao cliente, fazendo dele o centro das atenções. “Então, não importa muito o canal que a venda será feita, o que importa é haja uma maior opção para o cliente chegar até à empresa e que todos os canais sejam consistentes.” Ou seja, o marketplace é mais uma alternativa.
Mais do que uma opção, para Soares, o marketplace é o shopping do varejo online, pois a demanda parte do próprio consumidor e não dos varejistas. “Marketplace é a venda que ocorre fora da loja online da empresa”, adiciona. E seu sucesso está justamente por conta da procura dos clientes online, que procuram pela maior seleção de produtos com relação a outras lojas virtuais – só o MercadoLivre possui mais de 28 milhões de produtos, bem como as opções de preços, financiamento, escolha na forma de recebimento e outras decisões. “O cliente tem o poder de escolher o que ele quer, no preço que quer pagar, como quer receber”, adiciona o executivo. “Cria-se um relacionamento bom, que faz com que o cliente tenha uma experiência uniforme em todas as compras. O marketplace cumpre, cada vez mais, as necessidades dos clientes.”
Por conta do grande poder de presença online que o mercado possui, Soares conta que ele assume um papel de consolidador da demanda na Internet. “Nove dos 16 maiores sites do mundo são marketplaces.” E este é um segmento forte não apenas no Brasil. Nos Estados Unidos, um terço das vendas online é feita através do marketplace. Já na China a força é ainda maior, representando 90% do e-commerce. “Essa é uma indústria recente que tende a concentrar, o que deverá aumentar ainda mais nos próximos anos.” O que o vendedor ganha com isso? O executivo é direto: “demanda é a palavra chave”.

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Marketplace, o futuro do e-commerce?

Já não é surpresa que o comércio eletrônico se encontra em expansão no Brasil. Apesar de o setor representar apenas 4% de todo o varejo do país, não se pode negar que é um dos únicos que possui um crescimento rápido e ainda há muito espaço para conquistar. Em 2008, no começo do e-commerce brasileiro, houve um faturamento 8,2 bilhões de reais, em 2014, foram R$35,8 bilhões, e a estimativa para este ano é que haja um faturamento de R$ 43 bilhões, o que representa o poder de penetração desse mercado no geral. No entanto, Leandro Soares, diretor de marketplace do MercadoLivre, na palestra de abertura do Meeting de Vendas – As Feras do Multicanal, destacou que por mais que o e-commerce apresente uma porcentagem considerada pequena, ele não contabiliza o número de transações por meio de marketplaces, apenas vendas realizadas em lojas virtuais. “Se olharmos para o marketplace, vamos ver que ele representa 20% das vendas online”.
De acordo com o executivo, marketplace ainda é um segmento relativamente novo, inclusive, para o mercado eletrônico. “O MercadoLivre existe há uns 10 anos, mas desde 2012 percebemos um crescimento maior com o surgimento de mais empresas, que começam a oferecer também o marketplace aos seus clientes e acreditamos que este mercado ainda irá crescer muito nos próximos anos”, diz. Uma razão para seu crescimento está exatamente na mudança de visão das empresas que estão fazendo parte desse segmento. Se antes a preocupação estava nas estratégias de vendas e em como obter lucro, hoje, a atenção está voltada basicamente ao cliente, fazendo dele o centro das atenções. “Então, não importa muito o canal que a venda será feita, o que importa é haja uma maior opção para o cliente chegar até à empresa e que todos os canais sejam consistentes.” Ou seja, o marketplace é mais uma alternativa.
Mais do que uma opção, para Soares, o marketplace é o shopping do varejo online, pois a demanda parte do próprio consumidor e não dos varejistas. “Marketplace é a venda que ocorre fora da loja online da empresa”, adiciona. E seu sucesso está justamente por conta da procura dos clientes online, que procuram pela maior seleção de produtos com relação a outras lojas virtuais – só o MercadoLivre possui mais de 28 milhões de produtos, bem como as opções de preços, financiamento, escolha na forma de recebimento e outras decisões. “O cliente tem o poder de escolher o que ele quer, no preço que quer pagar, como quer receber”, adiciona o executivo. “Cria-se um relacionamento bom, que faz com que o cliente tenha uma experiência uniforme em todas as compras. O marketplace cumpre, cada vez mais, as necessidades dos clientes.”
Por conta do grande poder de presença online que o mercado possui, Soares conta que ele assume um papel de consolidador da demanda na Internet. “Nove dos 16 maiores sites do mundo são marketplaces.” E este é um segmento forte não apenas no Brasil. Nos Estados Unidos, um terço das vendas online é feita através do marketplace. Já na China a força é ainda maior, representando 90% do e-commerce. “Essa é uma indústria recente que tende a concentrar, o que deverá aumentar ainda mais nos próximos anos.” O que o vendedor ganha com isso? O executivo é direto: “demanda é a palavra chave”. 

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