O alto nível de competitividade do mercado pode ser colocado como principal causa para a formação de metas arrojadas, cujo atendimento é fato significativo para a manutenção da empresa frente à concorrência. Entretando, os objetivos propostos devem ser claramente definidos e amplamente divulgados, bem como possuir limites éticos e morais estabelecidos para não impactar lá no final em uma cobrança exagerada e, consequentemente, em um assédio moral. “As exigências do mercado e a constante busca por melhores resultados tornam imprescindíveis a estipulação de metas, a maioria arrojadas, porém sempre factíveis”, explica Miriam Adriana Migliorini Viecili, diretora da ABS Brasil.
Para isso, ela afirma que o gestor precisa ter o discernimento de que as metas e a cobrança pelo atingimento das mesmas precisam do bom senso comum para oportunizar a meritocracia sem jamais desrespeitar a dignidade do colaborador. Mais do que metas realistas, a executiva acrescenta que é preciso que a cobrança seja realizada pelo gestor, o qual não só é um líder, como também deve realizar o coaching de sua equipe. “É, pois, fundamental que o gestor entenda como cada membro de sua equipe reage à pressão por resultado, hoje inerente em qualquer segmento do mercado de trabalho.”
Nesse sentido, Miriam destaca que 85% dos líderes da ABS Brasil são oriundos das bases das operações, ou seja, já tem incorporado o DNA da empresa. “Toda a formação desses gestores está pautada no princípio que o líder é um coach, pois sabemos que a cobrança só pela cobrança não garante o bom resultado.” Assim, o coach deve direcionar o colaborador a pensar e a entender a melhor maneira de alcançar a meta traçada. Esse método de ensinar a pensar, juntamente com feedbacks e moniotoramentos, é provocar cada um a encontrar por si só o caminho do sucesso.
Faz parte ainda do papel dos líderes da empresa as preleções diárias para direcionar a energia para um objetivo, bem como as comemorações pelas vitórias alcançadas. Esse laço criado entre líder e equipe dá sustentação à cobrança pelo resultado, sem ser um bloqueio para que as pessoas sintam-se importantes dentro do contexto de equipe, segundo a diretora. “Todo membro da equipe, seja líder, seja liderado, precisa somar para que o resultado desejado seja alcançado e não atrapalhar ou interferir negativamente.”
