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Mudanças à vista

Autor: Cristina Fortes
Há mais de 12 anos lidando com o tema carreira e apoiando diversos profissionais, compartilho com vocês algumas descobertas e constatações sobre o que acontece com a carreira delas, as mulheres,  em torno dos 50 anos. 
Sim, elas ainda têm muito o que fazer nessa fase. Estão no auge da maturidade, mais seguras sobre suas competências, reconhecem com mais facilidade seus talentos e já têm uma longa história para contar. Falam de forma espontânea e corajosa dos seus próprios limites, simplesmente porque os conhecem bem e, ainda, definem com muita clareza o que não querem mais viver. É uma fase em que se sentem menos aprisionadas pelas pressões financeiras e exigências da família. Nesse contexto, onde a urgência da ascensão na carreira diminui, a autenticidade aparece! 
Elas refletem sobre as diferentes formas de deixarem de ser reféns de seus próprios empregos e, assim, grande parte, aproveita momentos de transição para redirecionar a carreira e experimentar novas possibilidades. Cientes de que há muito trabalho disponível, mas pouco emprego, praticam uma espécie de “degustação temporária” do que viria a ser a próxima fase. Esse é um momento favorável, pois os próximos anos tendem a consolidar essas escolhas. 
Hermínia Ibarra em seu livro “Identidade de Carreira” afirma que as mudanças que empreendemos na carreira são frutos das experimentações e novas experiências para que a transição aconteça de forma mais plena. 
Alguns exemplos dessas transições são mulheres que, por volta de 50 anos, tinham como atividade paralela a gastronomia, a fotografia, a vida acadêmica e, que decidem tornar esse trabalho a nova possibilidade de carreira. Há ainda profissionais que, ao identificar a profissão inicial, apropriam-se da bagagem e confiança que acumularam e, consideram outros espaços de trabalho, como a consultoria, trabalhos independentes, parcerias ou mesmo a continuidade da própria carreira, mas em outras bases. Estão claramente dispostas a menos sacrifícios pessoais em troca demais realização pessoal. É um momento onde re-hierarquizam as suas necessidades sendo mais fiéis às suas motivações.
A certeza de que “não preciso mais provar nada para ninguém” para enfrentar o competitivo mercado de trabalho, tornam os novos caminhos profissionais ainda mais amplos. 
Então, diante desse novo olhar sobre a carreira, o que poderia ajudar você, a promover uma mudança nessa fase? Aí vão algumas provocações para conduzir sua própria transição, integrando melhor a carreira com suas aspirações pessoais.
1. Que talentos possui? Alguns deles podem estar a serviço de uma alternativa de carreira?
2. É possível experimentar uma nova atividade em paralelo com a minha atividade atual?
3. O que poderia colocá-la na zona de aprendizado para atuar em uma nova carreira ou focar em uma especialidade? Um curso de atualização ou técnico, participar de novas comunidades de áreas de interesse, frequentar ambientes relacionados às novas vocações, podem ser boas alternativas.
4. Desenvolva networking e troque experiências com quem fez transições para caminhos similares. Pergunte sobre as qualificações exigidas, as principais armadilhas e a curva de aprendizado necessária.
5. Tenha paciência e não caia no imediatismo, esses processos podem ser longos e exigem construir bases sólidas para que o novo caminho possa se concretizar, sob pena de desistir no primeiro obstáculo.
Essa é uma fase que, se a mulher, em torno dos 50, souber conduzir com sabedoria, poderá colher benefícios que poderão colocar a carreira a serviço da vida, e não o inverso. Essa é, sem dúvida, a grande busca dessa fase e atrativo convite à renovação pessoal!
Cristina Fortes é consultora da Lee Hecht Harrison, possui certificação internacional em Coaching pela Erickson College- Canadá.

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Mudanças à vista

O Marco Civil da Internet, que estabelece direitos, garantias e mais segurança na rede, foi aprovado em tempo recorde pelo Senado na noite da última terça-feira – decisão saiu após um mês de discussão. No dia seguinte, a presidente Dilma Rousseff sancionou a nova lei. Apesar de só entrar em vigor 60 dias depois de publicada no Diário oficial, questões já surgem quanto às consequências do Marco. Para Fátima Bana, especialista em e-commerce e comportamento digital do consumidor, essa lei decreta o fim do marketing dirigido atual. “Hoje, no varejo on-line, somos reféns da perfomance e usamos muito do marketing dirigido para criação de clusters e cada vez mais personalizar a experiência do cliente. Porém, isso deve mudar a forma que lidamos com o marketing on-line. Vejo uma mudança do performático para a volta do criativo”, afirma.
As empresas que já estão na internet devem se adaptar aos novos processos, mas as que vão entrar, talvez enfrentem maiores barreiras na aquisição de cliente. “Mas ainda é muito cedo para garantir algo”, salienta Fátima. Entre os principais pontos das novas regras, está a norma que impede empresas de telecomunicações a oferecer pacotes de acordo com o perfil do usuário – mais caro para aquele que navega por mais tempo e mais barato para quem fica menos tempo em rede. A neutralidade também não deixa as empresas diminuírem a velocidade de conexão de acordo com o conteúdo acessado pelo usuário.
Outra questão que afeta diretamente as empresas é a mudança na hora de guardar os dados. O texto do Marco Civil prevê que os provedores de internet, como Net e GVT, terão de armazenar os IPs e horário de conexão dos usuários por um ano. Já os sites terão de guardar os históricos de navegação por seis meses. Antes da lei, esse armazenamento ficava a critério das empresas.
Porém, o Marco civil é apenas o começo, um ponto de uma discussão imensa sobre a internet, na opinião de Bana. “Isso, principalmente, para políticas de governança em uma rede tão anárquica e ao mesmo tempo organizada. É, sim, uma solução, para local, mas eu e alguns outros especialistas estamos esperando para ver o quanto real será a implementação dessas normas.”

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