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Mulheres na liderança

Autora: Cristina Kerr
Inúmeras pesquisas mostram que as mulheres têm capacidade nata de liderança, que equipes comandadas por mulheres são mais eficientes e que elas são respeitadas por seus colaboradores por sua capacidade na tomada de decisões e busca de resultados. Mesmo assim, um estudo da E&Y constatou que a equidade total de gêneros no mundo corporativo só chegaria no ano de 2095. No Brasil, a previsão é que mulheres ganharão o mesmo que os homens em 2085 e que somente em 2126 51% de mulheres ocuparão cargos de diretoria executiva.
Vários são os obstáculos que impedem que mais mulheres cheguem a cargos de liderança. Além da discriminação, as empresas ainda não se reinventaram a fim de oferecer práticas e recursos (como creches e horários mais flexíveis) que permitam que a mulher consiga conciliar sua vida pessoal e profissional e finalmente deslanchar na carreira. Dados como os da pesquisa “Women in Business 2015”, da Grant Thornton, mostram que o Brasil é o 3º país que menos promove funcionárias para posições mais altas, com 57% das empresas sem mulheres em cargos de liderança.
É preciso mudar essa estatística. Conscientizar não somente as mulheres, mas também os homens, já que 92% dos CEOs são do sexo masculino, para que iniciativas em prol da equidade de gêneros façam parte da estratégia das empresas e sejam bem-sucedidas.  Um estudo da McKinsey & Cia revelou que conselhos administrativos com pelo menos uma mulher na composição tiveram resultados 50% maiores do que aqueles que não contavam com presença feminina. Isto aponta que o equilíbrio traz mais resultado financeiro e que o papel de ambos os sexos é fundamental.
A seguir, dou seis dicas para as mulheres começarem a mudar seu pensamento para buscar posições mais altas e conseguirem atingir novos níveis em suas carreiras:
Aprenda a fazer uma boa gestão de seu tempo. Isso permite o equilíbrio entre trabalho, família e interesses pessoais. É possível conciliar as esferas da sua vida e ser bem-sucedida em todas elas, acredite nisso. Organizar o tempo através de uma agenda bem-feita ajuda a eleger prioridades e identificar o grau de importância e o tempo necessário para realizar cada atividade.
Trabalhe sua autoestima. A Síndrome do Impostor trata-se de uma desordem que faz as pessoas incapazes de internalizarem seus feitos na vida. Independentemente do nível de sucesso alcançado ou das provas de competência que tenham sido dadas, elas se sentem como fraudes. Infelizmente muitas mulheres sofrem desse mal e se boicotam profissionalmente, acreditam que chegaram onde estão por sorte e não se lançam às oportunidades. Confie mais em você e aplique para cargos mais altos, entenda que o sucesso é fruto da sua qualificação e competência.
Faça conexões estratégicas dentro da empresa. As mulheres precisam fazer articulações políticas em seu ambiente de trabalho, se relacionando com pessoas que podem ajudá-las a crescer dentro da empresa. Chame aquele gerente ou diretor para almoçar, convide aquela pessoa que pode ser chave para sua promoção em algum momento para o happy hour, pense em sua carreira e se relacione mais no trabalho.
Pratique a autopromoção. Quando você conseguir conquistar algo em seu trabalho, você deve compartilhar isso com sua equipe, com as outras equipes e principalmente com as lideranças. Isso não é vaidade, você não está se exibindo, você simplesmente está se lançando e mostrando do que é capaz. Os resultados são consequência de um bom trabalho.
Saiba negociar. Quando conquistar um cargo de liderança, entenda que você chegou lá por seus próprios méritos, que os líderes de sua empresa te consideraram a pessoa mais adequada e preparada para aquela posição e que, por isso, você pode e deve negociar os termos de sua promoção. Conseguindo uma boa negociação, é possível que você disponha de mais tempo para sua família e seus interesses pessoais e consiga organizar melhor sua vida, sem deixar de lado o trabalho que deverá ser feito no novo cargo.
Gerencie a culpa. É possível ter uma carreira de sucesso sem negligenciar a família e um dos segredos para fazer isso é se dedicar totalmente aos filhos quando estiver com eles. Se você só tiver uma hora por dia para cumprir esse papel, faça com que esse momento seja prazeroso e especial. É melhor passar uma hora completamente dedicada aos seus filhos, do que horas com eles sem lhes dar atenção.
Uma pesquisa realizada recentemente por uma Universidade Americana com homens e mulheres de 24 países comprovou que uma mãe que trabalha fora de casa faz bem a seus filhos. A explicação é que quando a mulher está realizada na vida pessoal e profissional, ela passa aos filhos a mensagem de que é possível encontrar o equilíbrio e ensina às crianças que trabalho e esforço são os caminhos para conseguir as coisas na vida. De acordo com a pesquisa, as filhas de mães que trabalham fora são mais propensas a conquistar cargos de liderança, ganhar salários mais altos e balancear sua vida.
Cristina Kerr é diretora executiva da CKZ Eventos e idealizadora do Fórum Mulheres em Destaque.

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Mulheres na liderança

Em 47% das empresas brasileiras não há mulheres em cargos de liderança, número abaixo da média global (33%), segundo o International Business Report 2014 (IBR), da Grant Thornton. A pesquisa também mostra que apenas 7% das empresas brasileiras têm planos para contratar ou promover mulheres nos próximos 12 meses, metade da média global (14%). Os números revelam um cenário de retrocesso em relação aos anos anteriores. Em 2012, apenas 26% das empresas não tinham mulheres no comando, em 2013, a fatia aumentou para 33%. O estudo é feito com 12.500 empresas em 45 economias, sendo 300 companhias brasileiras.
A pesquisa mapeou ainda o nível de suporte que as empresas oferecem para o desenvolvimento profissional das funcionárias. Durante a licença maternidade, somente 9% das empresas brasileiras pagam salários por um período maior do que a lei recomenda e apenas 19% garantem acesso aos programas de educação continuada e desenvolvimento profissional. A média global para esses itens é respectivamente de 29% e 37%.
Para Madeleine Blankenstein, sócia da Grant Thornton Brasil, o País ainda precisa avançar no âmbito da discussão sobre a participação de mulheres em cargos de direção em empresas públicas e privadas e a União Europeia é um bom exemplo. “O Parlamento europeu aprovou em novembro um projeto que estabelece meta para que as mulheres ocupem 40% dos cargos de conselho de administração em empresas de capital aberto”, diz.

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Mulheres na liderança


O que as empresas esperam? Quais os pré-requisitos para ser aceita como líder num mercado ainda dominado pelos homens? Qual o grande diferencial? Para falar um pouco sobre isso e esclarecer essas e outras dúvidas, Luis Paulo Luppa, empresário, escritor e especialista em liderança empresarial está à disposição do seu veículo.

É cada vez maior o número de mulheres no mercado de trabalho. O denominado “sexo frágil” sabe exercer sua elegância e criatividade, e se no passado era sinônimo de cuidar de casa e filhos, hoje significa determinação, coragem e dinamismo. Um estudo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro já um dado consolidado. Um dos fatores que explicam esse crescimento é a melhor escolaridade, em comparação com os homens, e a queda da fecundidade. “Com tudo isso acontecendo, uma tendência já pode ser observada: mulheres em cargos de liderança”, analisa o especialista em vendas e liderança empresarial, Luis Paulo Luppa.

Hoje em dia o bom profissional precisa saber liderar, mesmo que seja uma equipe pequena. As mulheres são líderes por natureza. Desde crianças aprendem a gerir a casa, organizar as coisas e cuidar da família. Todas essas qualidades, quando transferidas para o lado profissional, se transformam em ‘plus’, em destaque.

Além disso, agora que a barreira do preconceito com relação às mulheres começa a ser vencida, o que se percebe dentro das empresas e outras grandes organizações é que as mulheres estão sentindo menos necessidade de imitar o comportamento masculino, ficando mais à vontade para exercer a chefia e liderança ao seu próprio modo. O perfil da mulher que exerce um cargo de liderança é bem diferente de alguns anos atrás. “Elas estão ambiciosas e possuem uma rede de relacionamentos de causar inveja”, analisa Luppa. Para quem deseja chegar lá, a dica é investir em especializações e mostrar determinação e coragem.

Sobre a diferença em ser comandado por pessoas dos dois sexos, Luppa acredita que a mulher tem uma visão mais detalhada dos assuntos e é mais paciente, ao contrário dos homens, que vêem tudo de uma maneira mais global. Com relação aos pontos fortes da liderança feminina, “a mulher é mais resistente do que o homem, tanto física como psicologicamente, e suporta melhor as pressões. Além disso tem o poder de comunicação e intuição mais desenvolvidos”, explica.

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