Ninguém sai ganhando

Autora: Tarsia Gonzalez
Produzir mais é a palavra de ordem das empresas. Muitas levam tão a sério, que esquecem que estão lidando com material humano e não medem as consequências de suas exigências. Por outro lado, colaboradores amedrontados pelos tempos de crise, se cobram também para não correrem o risco de serem substituídos. Até onde essa equação pode nos levar?
Participei recentemente de evento da Febraban – Federação Brasileira de Bancos, que entre outros tratou também deste assunto. Você sabia que a maior parte dos afastamentos – e que são muitos – de colaboradores nas instituições bancárias acontece por estresse? São as metas que roubaram o lugar do atendimento humanizado e que está fazendo mal para as pessoas.
A questão é que, na equação que citei acima, ninguém sai ganhando. As empresas podem até produzir mais, mas vão passar por crises internas causadas por um alto turnover e pela própria insatisfação de seus times – pessoas felizes produzem mais, acredite!
Então, como escapar das armadilhas do estresse gerado pela ânsia de produtividade? Buscando algo simples, mas que nos custa muito empenho: o equilíbrio quando temos a Felicidade Interna Bruta! Colocar na balança metas, objetivos e, do outro lado, as necessidades das pessoas e as soluções.
Pesar sempre o que está sendo feito, o que se quer alcançar, mas principalmente, como as pessoas estão sendo tratadas nessa realidade, é imprescindível. De nada adianta uma empresa que muito produz, mas que não cresce por falta exatamente de engajamento, satisfação pessoal, times fortes. É hora de trabalhar o estresse nas companhias e substituí-lo por soluções práticas que tratem os problemas existentes sem causar novos.
Tarsia Gonzalez é presidente do Conselho Administrativo da Transpes, gestora, psicóloga e especialista em finanças.

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