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Nova forma de gerir negócios

Autor: José Osvaldo Bozzo
Já abordamos diversos temas ligados ao comportamento humano, tanto sob o aspecto pessoal quanto profissional. Naquelas ocasiões tratamos de motivação, empreendedorismo, comprometimento, mercado empreendedor, dentre outros.
A ideia, hoje, é tentar discutir um pouco sobre uma questão bastante complexa e que ronda o dia a dia de grandes colaboradores: a liderança corporativa.
Há pouco tempo li uma frase que dizia mais ou menos assim: “a função da liderança é a de tomar decisões que nunca foram tomadas e que isso implica em um aumento do conhecimento”. Ou seja, fazer acontecer aquilo que nunca aconteceu. Será? Com toda modéstia, opto a discordar, parcialmente, de tal assertiva.
As organizações são constituídas por colaboradores, portanto, pessoas que são movidas a sentimentos, a diferentes tipos de comportamento, e por aí vai. Isso torna cada vez maior a cobrança e a busca por um espírito de liderança vinda dos grandes executivos, pois estes são os protagonistas que influenciam diretamente na motivação do grupo num ambiente de trabalho.
A liderança se faz imprescindível em todos os tipos de organização, principalmente nas empresas. O administrador precisa admitir e conhecer a motivação humana e saber gerir as pessoas, isto é, liderar. Liderar, tomando decisões que nunca foram tomadas, às vezes, se corre o risco, dependendo da cultura da empresa, de pôr tudo a perder. Há que se ter muita cautela naquilo que se pretende implantar.
Certa vez, me propus a escrever sobre “Mudança Organizacional”. Naquela fala, procurei expor um fato “real” que acabara de acontecer em determinada companhia.
Na ocasião, havia um pressentimento de o negócio não dar certo, como de fato não deu. Faltaram inúmeros ingredientes para que a “nova” organização pudesse dar um salto relevante no mercado que atuava, e continua atuando, porém, hoje, num patamar com certa fragilidade para continuar prosperando da forma que sempre o fez.
LIDERANÇA É FUNDAMENTAL – Para ser líder e tomar decisões importantes, há que se ter um planejamento estratégico, ainda mais numa situação que envolva fatores empíricos relacionados, como, por exemplo, a aquisição de empresas. Ora, a formulação de objetivos para a escolha de ideias e estratégias de ação, considerando qualidades internas e externas, está implicitamente ligada à liderança dos que se propõe a fazê-lo.
Numa situação em que se deve tomar uma decisão de alta relevância é fundamental o conhecimento, a determinação e, claro, a liderança. Já dissemos isso e vou reiterar. Mais conhecimento não necessariamente ajuda as empresas a se tornarem inovadoras, criativas ou pioneiras na implantação de novos procedimentos.
Uma decisão de grande relevância, num primeiro momento, pode se tornar positivo, porém, num segundo, poderá trazer uma série de consequências indesejáveis. O sucesso de um líder está exatamente no processo de gerenciamento de certas análises críticas.
Como exemplo, citamos o padrão de gestão, a disposição dos empreendedores, a retenção de pessoas, o conhecimento da atividade de uma “nova” realidade e cultura organizacional. Sem falar das políticas de gestão de seus novos colaboradores, a integração e a sinergia das equipes e a coesão institucional. Do contrário, a decisão do Líder, embora, nesta situação, nunca tomadas, pode culminar na estaca zero. Milhões se vão para o “ralo”, sem falar dos desgastes relacionados à questão cultural.
MULTIPLICIDADE – Temos de fato que as grandes corporações estão inseridas em um contexto econômico, social, cultural e político. E por esta razão é que  sofrem mudanças ao longo do tempo em função das alterações no ambiente. Isso acaba impactando diretamente nas pessoas que buscam motivação, comprometimento, ideias novas, enfim, os chamados “talentos”, tentando ocupar um espaço privilegiado nas empresas.
O líder, a princípio, deve ser capaz de provocar mudanças, as quais podem ser para melhor ou pior. Porém, será necessário contar com o apoio dos seus anfitriões para que tudo seja tratado de forma planejada, e, dependendo da complexidade da decisão, haverá a necessidade de continuar mantendo suas relações de poder de forma cordial, como sendo uma constante na vida da organização e também como parte complementar das relações humanas de sua corporação.
As organizações estão mudando seus conceitos de gestão. Estão se modernizando e experimentando uma nova forma de gerir seus negócios. Situações que víamos no passado como hierarquia intransigente, administração concentrada, controles exagerados por meio do poder e da autoridade, egocentrismo e competitividade interna, já não mais fazem parte de uma sociedade laborativa moderna. Os líderes de hoje devem responder às necessidades de integração, sinergia, de relações internas mais transparentes, enfim, abertas para um novo ciclo de diálogo e empreendedorismo.
MAU LÍDER X BOM LÍDER – Conviver com líderes ineficazes faz com que o ambiente de trabalho seja de desmotivação junto aos “liderados” e isso vai se fortalecendo à medida que o desempenho da organização vai caindo, se mostrando incapaz de reagir a um cenário quase que irrefreável.  Rescindida a aptidão dos colaboradores estarem motivados, a sucessão de ações e reações torna-se calamitosas.
Então, ou o líder abre mão da centralização de poder e flexibiliza o seu estilo de comando, ou teremos uma organização sem foco, sem objetivos comuns previamente definidos, e o pior, sem a conservação de condutas, estimas e ideologias adotadas para a preservação das relações interpessoais.
Liderança requer uma administração eficiente capaz de motivar seus subordinados trazendo a estes o prazer de executar suas atribuições de forma construtiva e inovadora à corporação. E isso pode ser motivado por um louvor, uma ascensão de cargo, enfim, situações que fazem uma pessoa se sentir bem consigo mesmo e com a empresa que trabalha.
Desafios para o líder não faltam. É uma adversidade após a outra que só destreza, inovação e criatividade farão a diferença no momento de decidir e tornar as coisas cada vez mais dinâmicas. Isto posto, estaremos diante de um grande líder.
José Osvaldo Bozzo é consultor tributarista e sócio da MJC Consultores.

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