O bom vale a eternidade!!!


A duas semanas em uma festa tive oportunidade de assistir um DVD com o “O melhor do rock dos anos 80”. Foi uma experiência incomum, ao meu lado minha esposa e meus quatro filhos (12, 11, 9 e 5 anos). Fiquei tão encantado com esta experiência e emprestei este DVD com um amigo. Moral da história: Há duas semanas não ouço mais nada em casa somente o DVD “O melhor do rock dos anos 80”.

Como na maioria das casas, na minha quem manda é a mulher, depois os filhos e por último o pai. E a vontade deles está dominando. Que alegria!!! Após anos vendo e ouvindo o descartável virar sucesso, é com muita felicidade que ouço meus filhos comentarem “Este cara canta demais” , “Nossa que show lindo” , “Quem é esta cantora com voz linda”, ” Eles estão cantando mesmo ?”. Mas qual a relação entre este DVD e nosso mercado?

A relação é simples, “a criança está se cansando cedo de tudo que não tem qualidade”. Não é somente música. É também alimentação. A criança não gosta de ver os pais fumando. A criança não gosta de ver os pais bebendo. A criança não agüenta mais ouvir noticias de políticos corruptos. A criança não quer mais violência banal na mídia. A criança quer de volta um mundo mais bem cuidado. A criança quer mais qualidade de vida, qualidade no trabalho, qualidade nos produtos, qualidade no atendimento.

Hoje ele apenas contribuiu indiretamente com o consumo, em breve será consumidor, e este consumidor esta mudando. Hoje ele apenas observa o pai retornar do trabalho cansado, em breve fará parte do mercado de trabalho, e o mercado de trabalho está mudando. Hoje ele ouve o pai ao telefone com uma central de tele-atendimento, em breve será ele? Hoje ele acompanha seu pai na fila para atendimento, em breve será ele. Em breve ele assumirá nosso papel e buscará como no DVD produtos, serviços e empregos de qualidade. Lembrará do que é bom.

Pois o que é bom perdura para sempre, o que tem qualidade sobreviveu a décadas na memória e no inconsciente coletivo. É importante percebermos que vem por aí uma nova geração muito mais exigente que a nossa, mais ética, mas cidadã, mais exigente. Quem não perceber isto perderá a oportunidade e interagir com ela.

Osmir Fernandes da Costa é gerente geral de Recursos Humanos da Intervalor.

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