O diálogo pode salvar a empresa

Conversar em grupo pode parecer uma tarefa árdua e fadada ao fracasso. Múltiplas opiniões, perda de foco, conflitos e queda na produtividade são alguns medos que afastam o diálogo das organizações. Entretanto, o mundo passa por profundas e intensas transformações e elas chegaram às relações corporativas. Entre essas mudanças está a valorização do diálogo e da criação coletiva. Rodas de conversa e espaços de trabalho em grupo se multiplicam e a contratação de facilitadores profissionais que garantem um melhor aproveitamento do tempo coletivo já é realidade em empresas de diversos portes e setores e vem ganhando mais e mais adeptos.
Dois dos principais efeitos positivos das decisões tomadas por meio de práticas colaborativas são o maior nível de engajamento e menor resistência dos funcionários (afinal trata-se de colocar em prática uma decisão da qual todos fizeram parte) e o aumento da produtividade resultante da diminuição de maus entendidos, conflitos e retrabalhos. Isso para citar apenas dois exemplos.
Quem ainda não viveu um processo bem conduzido de Práticas Colaborativas ainda enfrenta muitas inseguranças acerca das reações e dos possíveis desconfortos que podem surgir no momento da colaboração. Mas com as habilidades e metodologias corretas, construindo uma agenda específica aos contextos únicos de cada situação, com um facilitador que esteja atento aos objetivos e à fluidez das interações no grupo, os resultados superam em muito as expectativas.
“Precisamos estar atentos a tudo que surge naturalmente durante o processo, incluindo possíveis momentos de tensão entre os participantes. Nosso papel é trabalhar essas situações da forma mais produtiva possível, sem personalizações, entendendo-as como dados de realidade cuja compreensão também se coloca a serviço dos objetivos do grupo”, comentam Tamara Azevedo e Camila Rigo, sócias da CoCriar.
Os resultados positivos da cocriação dentro das organizações são visíveis desde o primeiro momento. “Uma conversa bem conduzida realmente quebra barreiras. Quando as decisões surgem do diálogo você já sabe o que pode desagradar alguém e o porquê. Então consegue lidar com isso, além de ter uma fonte muito mais rica de referências”, comenta Heloísa Garcia Mota, gerente de projetos no Greenpeace Brasil.
As práticas de diálogo estão cada vez mais comuns nas organizações e tem alterado profundamente sua performance, seja em grandes corporações, ONGs e até salas de aula. “Será que só com a disseminação de informação e a técnica conseguimos resolver os problemas que estão presentes no nosso contexto?”, questiona Tamara.

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