O offshore sob ameaça?



O momento delicado da atividade nos Estados Unidos. Esta pode ser uma das primeiras conclusões da abertura da 2009 Convention&Expo, realizado pela American Teleservices Association,agora de manhã em New Orleans. O próprio senador David Vitter, pela Louisiana, por exemplo, criticou o governo americano na abertura do congresso por ter jogado dinheiro em ações contra a crise e que não são saudáveis, como foi a TARP. “Estamos virando a crise de forma artificial”, reforçou.

 

Outro alerta importante do Senador veio a favor da atividade, reconhecida pela forca na geração de empregos e que não teve ajuda. “É preciso fazer alguma coisa de longo prazo”, reforçou. Uma das discussões que se aceleram nos EUA é a política de offshore das empresas americanas, que acaba exportando a geração de emprego. Ainda é embrionário, mas cresce de forma rápida a questão de taxação do offshore exatamente pela exportação de emprego. O Senador não fala em tempo, mas acredita que pode vir uma regulamentação para essa estratégia, o que viria contra o modelo de liberalismo do próprio país. Ele mesmo fez questão de situar a indústria de callcenter como um negócio importante para a revitalização da economia pela sua capacidade de geração de emprego.

 

Mas o poder de mobilização da atividade é uma outra questão impressionante. Ao contrario da regulamentação que ocorre no Brasil, o lobby das empresas americanas, que reúne toda a cadeia produtiva – empresas prestadoras de serviços e tomadores de serviços, por exemplo -, se fortaleceu em torno do que eles batizaram de PAC para se autorregulamentar. Uma iniciativa que o governo respeitou e evitou sua intervenção na atividade.

 

Um dos executivos que faz parte da caravana brasileira ao evento, organizada pela revista ClienteSA e a ABT, Paul Gilson, diretor da RedLine Contact Center, que trabalhou muitos anos em consultoria nos EUA, comentou a mobilização da atividade como um grande diferencial. “A indústria busca um modelo que se adapta ao Pais e contribui como sua própria evolução”, destaca.

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