O poder da diplomacia ao falar com a equipe

Autor: Flávio Resende
Saber se relacionar parece fácil, mas é uma habilidade de poucos, sobretudo no contexto profissional. Um dos segredos é ser empático, ou seja, ser capaz de se colocar no lugar do outro.
Conceitualmente, ser empático é – antes de qualquer coisa – ser um bom ouvinte; é estar aberto para conhecer a realidade do interlocutor e tudo que ele comunica, inclusive o que não é dito, mas pode ser percebido pelo tom de voz ou pelo olhar.
Depois de aprenderem a escutar, as pessoas empáticas tendem a não fazer julgamentos precipitados sobre o comportamento do outro, procurando perceber as razões que o levam a agir de determinada forma.
O cultivo desta habilidade fortalece, ainda, a confiança entre as pessoas. E mais confiantes, os indivíduos costumam se abrir mais e conseguem costurar laços pautados pelo respeito à verdade do outro, favorecendo a perenidade das relações.
Todo mundo sabe que conflitos profissionais e problemas de ordem comportamental estão no topo da lista de razões para demissão no trabalho. Mais um motivo para sermos diplomáticos no mundo corporativo. Neste sentido, não basta ter competência para gerar resultados. É importante se distanciar de disputas infrutíferas e manter o bom relacionamento com colegas e gestores.
O primeiro passo é estar atendo à nossa capacidade de autocontrole e, assim, investigar quais os “gatilhos” que nos tiram do sério e como aprender a controlá-los. 
Dessa forma, por meio do autoconhecimento, vamos descobrindo o que pode ser feito para neutralizar ou adiar essas reações imediatas. Uma dica é refletir se a sua reação vai trazer benefício a curto, médio ou longo prazo. Uma atitude que traga um alívio no curto prazo – uma explosão de raiva, por exemplo – certamente, pode gerar prejuízos a médio e longo prazos.
Com credibilidade ética, é possível conquistar a confiança necessária para a construção dos relacionamentos profissionais mais sólidos. E o líder que não sabe se relacionar com a sua equipe vai ter problemas de retenção de talentos – outra recorrente queixa de quem empreende ou coordena equipes.
É sempre bom também compartilhar, pedir e saber ouvir opiniões. Assim, é possível envolver o grupo, evitando problemas e fortalecendo as relações de trabalho. Em outras palavras, o “pulo do gato” está em criar um ambiente de cooperação na empresa e não de competição.
No cômputo geral, para uma pessoa ser diplomática, ela também precisa ter habilidade em negociação; e saber negociar implica em suportar, gerenciar e superar conflitos. Procure, portanto, na medida do possível, encontrar um meio termo que deixe satisfeitos todos os envolvidos na negociação, o que significa ser mais flexível.
Em resumo, a capacidade de agir de modo diplomático com a equipe pode ser determinante para se chegar aos objetivos – seja de ascensão profissional ou até mesmo de ter um ambiente prazeroso e leve de trabalho.
Flávio Resende é jornalista, empresário e coach ontológico. Atua com treinamentos e palestras em todo o país sobre comunicação, mídias digitais, coaching e autodesenvolvimento.

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