No primeiro painel do Contact Center Offshore in Brazil, o assunto que predominou foi as possibilidades do Brasil se inserir no mercado internacional e os desafios que as empresas daqui devem enfrentar. Com o tema “Cenários e Perspectivas Globais”, o painel contou com a presença de Solange Shehtman, presidente do Instituto de Telemarketing; Topázio Silveira Neto, presidente da ABT (Associação Brasileira de Telesserviços); Moacir de Miranda Oliveira Jr., professor da PUC-SP; e Paulo Roberto Gião, também da PUC-SP. O evento que começou hoje, está sendo realizado no Novotel Jaraguá, em São Paulo, e vai até quinta-feira (27/04).
Comandado por Vilnor Grube, editor-chefe da ClienteSA, o painel teve início com a apresentação de Solange explicando os motivos pelos quais as empresas estrangeiras podem se interessar pelo Brasil, como mão-de-obra qualificada e tecnologia de ponta. A executiva comentou também do crescimento desse mercado, com destaque para os últimos dois anos. No final de 2005 já havia 500 posições de atendimento para esse tipo de serviço. Ainda de acordo com a presidente do Instituto de Telemarketing, para o Brasil entrar de vez nesse mercado é preciso desvendar o que as empresas internacionais querem, formar parcerias estratégicas e, principalmente, garantir a qualidade acima de tudo. “Embora o preço seja um atrativo muito grande, o mais importante para essas empresas é a qualidade no atendimento aos seus clientes”, explicou.
Em seguida foi a vez de Moacir Miranda de Oliveira Junior, da PUC-SP. O professor apresentou alguns dados da pesquisa Call Center Industry Project, realizada em 19 países, inclusive no Brasil. De acordo com Moacir, estima-se que a internacionalização de serviços traga uma redução média de custos de 30%, o que explicaria o interesse internacional neste mercado. “Como o Brasil tem índices de treinamento e tecnologia semelhantes à maioria dos países desenvolvidos e custos salariais comparativamente inferiores, é imensa a oportunidade de crescimento na área offshore”, disse o professor. Ainda segundo Moacir, estudos internacionais apontam a transferência de 14 milhões de empregos qualificados de países desenvolvidos em direção a nações em desenvolvimento.
Para encerrar o painel, Topázio Silveira Neto comentou sobre a força que o setor de telesserviços tem no Brasil e a possibilidade que se abre com o serviço de offshore. De acordo com o presidente da ABT, as empresas do país estão prontas para prestar atendimento para companhias internacionais. “O Brasil já está preparado para entrar nesse mercado, por tudo que apresenta. E tenho certeza que daqui a quatro anos seremos um grande player exportador desse serviço”, afirmou Topázio.
Serviço
Data: 25 a 27 de abril
Local: Novotel Jaraguá – Rua Martins Fontes, 71, Centro – São Paulo/SP
Para mais informações, consulte o site www.offshorebrazil.com.br