Dar um propósito maior ao trabalho. É esse o recado transmitido pelos jovens nascidos após 1982 e que compõem a geração “Millennial”, também conhecida como “Geração Y”. Essa forma de criar um propósito mais amplo ao trabalho vem do apontamento feito pela maioria – 75% pela amostra global e 83% pela brasileira -, que afirma a necessidade das empresas em se empenharem mais pelo todo – com ações e esforços com resultados mais amplos a toda a sociedade e não apenas concentrados em seus próprios negócios. É o que mostra a 4ª pesquisa “Millennial Survey”, organizada pela Deloitte, em parceria com a Millward Brown. Mais de 7.800 profissionais (sendo 300 do Brasil), nascidos depois de 1982, já graduados e que atuam em empresas com mais de 100 funcionários participaram.
As conclusões sugerem que as empresas vão precisar realizar mudanças significativas para atrair e manter a força de trabalho futura. Apenas 28% dos Millennials sentem que a sua organização faz uso pleno de suas habilidades. O Brasil acompanha essa tendência, já que 27% concordam com essa afirmação. Considerando a América Latina como um todo, incluindo o Brasil, esse número é de 24%, dentre os 1.725 respondentes. “A mensagem é clara: quando eles olham para seus objetivos em relação a sua carreira, os Millennials estão tão interessados em como uma corporação contribui para a sociedade quanto em quais são os seus produtos e lucros”, aponta Barry Salzberg, CEO Global da Deloitte.
Ao tratar do desenvolvimento de sua carreira, mais da metade dos Millennials (53%) aspira ocupar o cargo de CEO ou líder da empresa em que trabalha. No cenário brasileiro e na América Latina, essa aspiração ganha ainda mais força, com 64% e 62% respectivamente. O dado geral e o dos mercados considerados emergentes, incluindo o cenário latino-americano, diferem quando comparamos apenas com os mercados já desenvolvidos, em que apenas 38% almejam cargos de liderança.