Operadoras ilegais de VoIP ameaçam setor


O crescimento da banda larga nos últimos anos e as altas tarifas de longa distância praticadas pelas operadoras de telefonia tradicionais criaram condições para o surgimento de várias empresas provedoras de serviços de voz pela Internet (VoIP). Analistas de mercado prevêem que até 2011, na América Latina, a telefonia IP deve gerar receitas de aproximadamente US$ 430 milhões. De olho nesse filão atraente, 130 empresas de VoIP já disputam no Brasil esse mercado acirrado. Desse total, apenas 15 têm licença da Anatel.

De acordo com levantamento feito pela Abrafix (Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado), em 2005, 36% do tráfego de ligações para o exterior foi feito por meio de operadoras ilegais, provocando um prejuízo de R$ 880 milhões para as empresas de telefonia.

Se por um lado a concorrência de mercado é saudável à medida que baixa os preços, por outro, a falta de uma fiscalização mais rígida do setor estimula o aparecimento de empresas que tentam se aproveitar a qualquer custo da oportunidade, praticando a ´canibalização´ no setor, prejudicando o mercado como um todo e a percepção dos benefícios da tecnologia.

“A tendência dessas empresas ilegais, sem dúvida, é desaparecer do mercado, mas até que isso aconteça, elas deixam um rastro de insatisfação generalizada, prejudicando o negócio do cliente e acima de tudo, prejudicando as empresas que operam de forma legal”, diz Paulo Roberto Pereira, country manager da IP Corp, empresa que possui autorização de licença SCM (Serviço de Comunicação Multimídia) e Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) outorgada pela Anatel. “Elas também não pagam impostos no País, muitas delas nem investem em infra-estrutura aqui, muito menos dão suporte ao cliente. São empresas sem infra-estrutura própria e onde o cliente nem sabe por qual rede caminha sua comunicação”, completa.

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