Autor: Edilson Menezes
Sempre fui apaixonado por leitura. Quando criança, era piolho de biblioteca. Faltava dinheiro para comprar livros, mas tinha duas opções: dar uma de pobre coitadinho ou procurar alternativas gratuitas para a educação literária. Felizmente, fiquei com a segunda.
Quando a internet chegou com força total, um novo mundo de informações caiu no meu colo e no colo dos outros bilhões de usuários conectados pelo mundo inteiro. E será que as pessoas estão aproveitando a gratuidade de informações cujo volume jamais foi tão grande? Você já fez pesquisa de antropologia?
Se você é homem, escolha dez amigos. Convide cada um a fazer algo. Pergunte se prefere uma cerveja, assistir o time predileto no estádio ou a palestra de um dos maiores especialistas brasileiros em ética e cidadania. Se você é mulher, escolha dez amigas. Use o mesmo método. Convide cada uma e ofereça três opções: um passeio no shopping, almoço no restaurante preferido de vocês ou um treinamento inédito sobre liderança feminina.
Você acha que entre estes homens e mulheres, a maioria decidirá ter sua companhia em busca informação? Não serei pessimista, mas as chances de que apenas uma pessoa aceite é grande.
A evolução do mundo depende diretamente da quantidade de pessoas que buscam informação.
Até mesmo o nosso comportamento social merece lapidação. Quando vamos presentear amigos que aniversariam, compramos um livro que pode mudar a vida da pessoa, optamos por uma camisa, calça ou outro mimo material qualquer?
Sem nenhuma dúvida, a vida seria uma chatice se passássemos a maior parte do tempo buscando conhecimento. Não estou sugerindo que nos tornemos nerds ou fanáticos. Estou pedindo, aliás, implorando, que você dê atenção para o desenvolvimento pessoal e educacional, uma área da vida que muitos se esquecem.
Há outras áreas que devem estar saudáveis e a própria Organização Mundial da Saúde as reconhece como primordiais: carreira, finanças, espiritualidade, família, relacionamentos, lazer e saúde.
Provavelmente, você ainda não pensou nisso, mas o desenvolvimento pessoal e educacional pode ajudar no equilíbrio de cada uma das demais áreas.
Você conhece ou já conheceu um chefe de perfil monossilábico?
É fácil distingui-lo. Confira como ele responde sempre com o mesmo estilo:
Você envia um e-mail dizendo que conseguiu assinar um grande contrato…
– Ok!
Você envia um e-mail confirmando que determinado cliente fez o pagamento…
– Ótimo!
Você envia um e-mail dizendo que até o final do dia resolverá aquele problema…
– No aguardo!
Tente não rir: ele nem sabe que “no aguardo” não existe, seria o mesmo que dizer “no espero!”.
Você acha que esses chefes se tornam monossilábicos por falta de tempo ou por falta de informação?
Falta de tempo se cura com planejamento, mas o vício da desinformação é incurável!
A escolha, como sempre, é apenas sua!
Edilson Menezes é treinador comportamental e consultor literário. Atua nas áreas de vendas, motivação, liderança e coesão de equipes. ([email protected])