Começou mais um ano letivo. Para os jovens estudantes que planejam conciliar estudos e trabalho, o setor de telesserviços, que este ano prevê a geração de 100 mil vagas, é um dos que oferece mais oportunidades. De acordo com a ABT – Associação Brasileira de Telesserviços, cerca de 45% dos profissionais contratados pelas empresas de call center têm de 18 a 24 anos, muitos sem qualquer experiência anterior. A jornada de trabalho, com 36 horas semanais, é uma das vantagens para os estudantes, já que o trabalho não atrapalha os estudos e vice-versa.
Exemplo disso são as irmãs gêmeas Natasha Cristhina Ferreira e Nathália Roberta Ferreira, 18 anos, estão no segundo semestre do curso Manufatura de Sistemas Aeronáuticos da Fatec (Faculdade de Tecnologia), em São José dos Campos (SP). No mês passado, começaram a trabalhar juntas na mesma empresa de call center instalada na cidade. “Nossa educação sempre foi prioridade. Por isso, fomos atrás de um trabalho que também nos permitisse dedicação aos estudos”, diz Natasha.
Embora o teleatendimento ainda seja visto por muitas pessoas apenas como porta de entrada para o mercado de trabalho, com o desenvolvimento do setor – crescimento médio de 10% ao ano em faturamento e contratação, segundo números divulgados pela ABT – tem sido cada vez mais fácil encontrar pessoas que seguem carreira no call center. É o caso de Daniela Paola, que trabalha na área de projetos e processos corporativos de uma instituição financeira na capital paulista. Ela começou como teleatendente em 1995. “Esta área é um aprendizado de muita valia. Além do conhecimento em produtos específicos, se desenvolve postura, linguagem, escrita, dicção, ´paciência´ e trabalho em equipe. Muitas portas também se abrem”, conclui.
Média salarial dos profissionais do setor | |
Cargo | Salário |
Operador | R$ 600,00 |
Supervisor | de R$ 1.300,00 a R$ 1.800,00 |
Gerente | de R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00 |