Autor: Ricardo M. Barbosa
A figura do líder é fundamental na gestão estratégica de uma empresa, cuja principal função é direcionar as ações coletivas e individuais aos demais colaboradores. Mas, nem sempre delegar tarefas é algo fácil, necessitando de conhecimento e técnicas para atingir os resultados que se deseja alcançar.
Mas, o que é liderança? O líder é quem cria o ambiente de motivação e influencia os membros da equipe e os stakeholders (pessoas que são impactadas dentro ou fora de uma organização) a agirem numa determinada direção para alcançar os objetivos estabelecidos.
Em resumo, se uma empresa tem objetivos, estes devem estar em concordância com o que pensam os seus líderes, fazendo com que sua influência seja sempre positiva, e facilitando a gestão de equipes. As principais características a serem destacadas em um líder são: ser honesto, carismático, bom ouvinte, determinado, preparado para assumir riscos, preparado para trabalhar sobre pressão, saber delegar atividades, corajoso, positivo, percebe oportunidades e é estrategista.
Porém, não é só isso, a liderança dentro de uma organização deve ser sempre compartilhada, entre colaboradores e gestores, sendo fundamentais constantes técnicas de coaching e também viabilizando processos de mentoring para alinhamentos das propostas e qualificação dos demais colaboradores.
Há vários tipos de lideranças e todos têm os seus lados positivos e negativos. É interessante pontuar alguns:
– Afetivo: É o chefe que dá apoio, protege e defende o colaborador. Ele busca aliar a responsabilidade da liderança com o bem estar.
– Autoritário: Este é bem conhecido, são os que impõe suas decisões, opiniões e geralmente tem visão unilateral.
– Coaching: Busca estimular os liderados a se desenvolverem e buscarem situações de aprendizagem no cotidiano do trabalho.
– Diretivo: Ao demandar, diz apenas o que é para fazer e o resultado esperado, mobiliza as pessoas em uma direção comum dando clareza quanto ao que é esperado. Pressupõe monitoramento do processo.
– Laissez-Faire: Ausência da atuação gerencial. É o chefe que gera um sentimento de abandono nas equipes, e não é considerado um estilo de liderança.
– Modelador: Ele demanda e diz o que é para fazer e como é para fazer, informando constantemente o que está certo e o que está errado, é ideal para liderados de baixa maturidade.
– Participativo: Não determina o que é e como devem ser feitas as coisas, e sim estimula e propicia a participação das pessoas na tomada de decisões, buscando o consenso.
– Visionário: Pensa em como fazer as demandas de maneira mais rápida, barata e qualificada. Compartilha dimensões futuras do negócio de forma atraente e factível.
Um alerta a ser feito é que muitas vezes a liderança tem reflexo negativo para empresa, nestes casos uma saída é apontar quem tem esta característica e não está sendo positivo e posteriormente trabalhar pontos de melhorias, mas nunca se deve julgar. O segredo é focar e trabalhar os pontos positivos.
Se você esta pensando que não se enquadra nestas características, ou mesmo as pessoas com quem trabalha, não se preocupe, a liderança pode ser desenvolvida com base nas experiências passadas e através de ações de capacitação. Existem cursos de lideranças que são focados em atividades práticas e vivenciais que lhe ajudarão nesta habilidade interpessoal.
A principal questão é: como reter estes profissionais? Deverá ser traçada uma estratégia e criar um plano de carreira, pois o líder não é só movido a salários como muitas organizações acreditam, são movidos a desafios. Buscam constantemente crescimento e reconhecimento profissional, e acreditam que ao atingirem estes objetivos, o dinheiro será apenas uma consequência.
Ricardo M. Barbosa é diretor executivo da Innovia Training & Consulting.