Com um mercado altamente competitivo e tecnológico, em que gerar resultados, provocar mudanças e ganhar o cliente são os diferenciais, as empresas que atuam no Brasil estão procurando, cada vez mais, profissionais com os perfis “competidor”, “conquistador” e “realizador”. Essa é a conclusão da análise do professor e coordenador de projetos da FIA, Fundação Instituto de Administração, Roberto Coda. Ao todo, foram avaliados mais de 10 mil profissionais de 50 empresas – públicas e privadas -. ao longo de 12 anos de treinamentos e mapeamentos para identificar quais são os perfis mais existentes nas organizações do país, entre sete estilos profissionais.
O professor constatou que:
– 15% dos profissionais têm um perfil “conquistador”: comprometido com resultados, voltado a novos desafios, procura situações com crescimento próprio e detentores de grande conhecimento;
– 15% apresentam perfil “especialista”: interessado em executar atividades de maneira cuidadosa, voltado a processos e desafios com resultados contínuos, racional e que busca o melhor em sua área de atuação;
– 15% tem um estilo “colaborador”: focado no bem-estar das pessoas, voltado à qualidade do processo, busca ajudar aos demais e constante aprendizado e inovação;
– 14% com um perfil “negociador”: interessado em realizar trocas vantajosas, voltado para geração de resultados, com facilidade de mudar a opinião alheia e capacidade de estabelecer parcerias;
– 14% correspondem ao estilo “mantenedor”: que garante a continuidade das ações, voltado a identificar talentos de forma organizada e sistêmica, reconhecido por cautela, persistência, método e com rigor no processo decisório;
– 14% dos respondentes com perfil “realizador”: interessado em tornar real o planejado, com flexibilidade em suas atitudes, objetividade e facilidade em delegar atividades;
– 13% se caracterizam pelo estilo “competidor”: centrado em resultados, interessado em comparar-se com os outros, voltado a desafios constantes e assertivo.
Esses estilos foram traçados com base em um método de diagnóstico motivacional no trabalho desenvolvido por Coda, chamado MARE que avalia as orientações M – Mediadora, A – Analítica, R – Receptiva e E – Empreendedora. O método consiste em um questionário de 16 perguntas, com 4 opções cada, que traça um mapeamento sobre quais as preferências deste indivíduo em seu trabalho, servindo como instrumento para organizações alocarem de maneira correta e mais produtiva seus profissionais. “São 64 julgamentos expostos para uma pessoa. A partir de então, com o cruzamento de informações fornecidas por ela, é possível avaliar em qual dos sete estilos de profissionais ela se encaixa e, com isso, verificar em qual departamento ou cargo é ideal para remanejá-lo”, argumenta o professor.