Quem pode virar titular na sua empresa?



Autor: Carlos Cruz

 

Ao longo dos últimos meses, muito tem se falado sobre a crise mundial, principalmente em relação às conseqüências que ela pode trazer para a economia brasileira. No entanto, fazer hipóteses, previsões e lamentar os prejuízos não resolvem os problemas, pior ainda, os agravam. Em momentos como esse, é preciso analisar o mercado à sua volta e encontrar soluções viáveis, que satisfaçam as necessidades de maneira prática e objetiva. Que tal fazer isso na sua atividade profissional?

 

No mês de janeiro, acontece a disputa da Copa São Paulo de Juniores, um torneio que dá oportunidades para jogadores jovens, que estão em busca de uma vaga no time titular. Esses atletas estão na categoria de base de seus clubes desde o início de suas carreiras e se apresentam como uma ótima opção para o grupo dos profissionais. Além das habilidades que podem desenvolver dentro da própria equipe que o formou, esses jogadores são o que chamamos de pratas da casa e por isso, possuem um vínculo muito maior com o clube do que qualquer outro profissional.

 

A saída viável encontrada no esporte para tempos de poucos recursos financeiros para a contratação de talentos já consagrados, também pode ser uma alternativa para as empresas de diversas áreas. Um jovem profissional com pouco tempo de experiência pode apresentar totais condições para assumir um papel de importância dentro de uma companhia. Para isso, é importante desafiá-lo para alcançar resultados, colocando metas claras e apresentando quais as possibilidades reais de seu crescimento na empresa.

 

É imprescindível traçar um plano de desenvolvimento para que o jovem talento se qualifique. Esse processo vai desde acompanhamento feito por um Coach até cursos de especialização, que podem garantir o controle emocional e a aquisição de conhecimento técnico para as tomadas de decisão, algo tão necessário em cargos mais estratégicos.

 

O treinador de futebol sabe reconhecer aquele jogador que é essencial para o êxito do time, ou seja, que chama a responsabilidade para si nos momentos cruciais. Esse tipo de atleta se estimulado e reconhecido, pode alcançar resultados surpreendentes. Em uma empresa não é diferente, portanto, por que desperdiçar talentos que estão ao nosso alcance? Nesse caso, estimule os jovens profissionais por meio de reconhecimento, que variam de feedbacks positivos a remunerações variáveis. Envolva-os na realidade do negócio, solicite idéias e apóie-os na criação de planos de ação. Muitas vezes, as melhores alternativas para enfrentarmos momentos de dificuldades estão ao nosso lado.

 

Cativar o colaborador, fazer com que ele acredite e confie na sua empresa são trunfos que, além de gerar produtividade, garantem uma relação de lealdade. Trabalhar lado a lado com um profissional por um bom período de tempo permite conhecer diversas de suas qualidades e seu perfil comportamental, que não são possíveis de se identificar imediatamente ao contratar um colaborador através de currículos e entrevistas. A convivência por meio do bom relacionamento traz à tona muitas características importantes, como: dedicação, ética, comprometimento, espírito de equipe e determinação.

 

A crise, se superada com visão e ação como estratégias, pode servir como um trampolim para profissionais que buscam um lugar de destaque nas empresas que trabalham. Desesperar-se atrás de contratações financeiramente inviáveis e tidas como capazes de “salvar” a empresa, ou apenas realizar demissões em massa, podem ser saídas arriscadas, por isso as novas promessas devem ser observadas como soluções imediatas e não só como alternativas para o futuro. Investir internamente significa, além de poupar gastos, manter todos os colaboradores motivados, engajados e comprometidos com uma visão compartilhada.

 

Carlos Cruz é coach executivo e de equipes e diretor da UP Treinamentos & Consultoria.

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