Redes sociais no processo seletivo

As redes sociais, como Facebook e Linkedin, podem tanto auxiliar quanto prejudicar um candidato no processo seletivo. Para profissionais que estão à procura de uma recolocação profissional, elas podem ser como uma carta de apresentação. Atualmente, a análise do perfil dos candidatos nestas plataformas tem sido como um termômetro para os recrutadores darem início aos processos seletivos. A Avance RH, consultoria especializada em recrutamento e seleção, adota esta prática. Segundo Sonia Nakabara, diretora de operações da empresa, as chamadas novas mídias auxiliam de forma positiva. “As redes sociais nos ajudam a focar de maneira mais assertiva no perfil de profissionais que nossos clientes buscam”, diz.
Segundo a pesquisa de uma consultoria de recrutamento norte-americana, 55% das empresas monitoram o Facebook antes de contratar os profissionais. Também de acordo com esta mesma pesquisa, um em cada cinco profissionais de RH, utilizam as redes sociais para buscar talentos e acessar o perfil do candidato, assim identificando os aspectos contidos no perfil dos profissionais, cargos e empresas que os mesmos trabalharam. Por isso, é de extrema importância levar em conta alguns pontos para ter êxito na procura tanto por parte das empresas quanto por parte dos profissionais.
Do ponto de vista dos recrutadores, as redes sociais (Facebook e Linkedin, por exemplo) podem auxiliar filtrando os tipos de candidatos que procuram por meio de grupos específicos que participam, por exemplo, ‘engenheiros recém-formados’ ou ‘administradores formados por tal instituição’. Estas mídias também permitem a visualização do perfil do candidato onde é possível ter uma noção da personalidade, por meio das curtidas, do que é postado, entre outras coisas. 
Outro ponto positivo tanto para as empresas quanto para os profissionais são as divulgações de informações ligadas aos processos seletivos.  A Avance RH utiliza estas ferramentas de comunicação também como interface de relacionamento com os candidatos. “Participamos das redes sociais também para compartilhar dicas de carreiras, postar vagas e convocar para processos seletivos”, conta Sonia Nakabara. 

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Redes sociais no processo seletivo



Autora: Elvira Berni

 

Como em qualquer outro sistema que envolva Recursos Humanos, os processos de recrutamento e seleção foram visivelmente beneficiados pela tecnologia. Dentro dessa realidade, as redes sociais ocupam cada vez mais um papel diferenciado no mundo corporativo, sendo incorporadas ao dia a dia como mais uma fonte de observação e informação para os candidatos e potenciais talentos. Para alguns, ela pode sim revelar algumas aptidões e até comportamentos do indivíduo. Para outros servem como ferramenta eliminatória, porém o que se deve refletir é que seja qual for à rede social, ela não é a única fonte e tampouco pode ser determinante numa seleção.

 

O benefício mais significativo é a rapidez de acesso a grandes grupos e assertividade nas ações, favorecendo o processo. Mas o limite entre o pessoal e o profissional ainda merece atenção. As informações postadas no Facebook, por exemplo, não podem ser claramente utilizadas em um processo de seleção, pois o candidato não as colocou com esse propósito. Sua presença nesse ambiente tem como intuito compartilhar momentos de sua vida com os amigos. Sendo assim, como às vezes acontece, eliminar um candidato da seleção por informações obtidas nessa mídia nos parece um exagero, pois muitos postam perfis imaginários, na maior brincadeira, mesmo. Outros não o atualizam com frequência – o que não significa, por exemplo, que sejam displicentes. Há ainda aqueles que não possuem perfil em nenhum site de relacionamento e não podem ser por isso considerados alienados e descartados da seleção.

 

Em processos de massa para estagiários e trainees, por exemplo, fica difícil avaliar com base no perfil das redes sociais porque há um grande número de candidatos envolvidos. O uso delas se tornou mais uma ferramenta, uma ajuda na interação e na divulgação, principalmente pela faixa etária do publico que, em tese, esta conectado, mas por enquanto e só isso, pois há muitos outros indicadores a serem considerados.

 

Talvez, num futuro próximo, pode ser que a representatividade das “poderosas” redes seja ainda mais relevante nos processos de seleção. As vantagens das novas tecnologias nos surpreendem a todo instante e numa velocidade avassaladora. Em nossas pesquisas as principais fontes de recrutamento para processos de seleção de estagiários e trainees se dividem entre 40% de informação obtida pela Internet e 40% através das instituições de ensino. Acreditamos que ainda não é bem assim, mas pode ser um caminho real. No entanto, apesar de toda evolução o contato pessoal sempre será fundamental para a melhor escolha.

 

Elvira Berni é sócia-diretora da People on Time.

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